quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Falta de água e incerteza de repasses federais levam prefeito de Aurora (CE) ao desespero

GovPI
"Estou desesperado". Essa foi expressão usada pelo prefeito de Aurora (CE), José Adailton Macêdo, na tentativa de traduzir a situação enfrentada na região, que sofre com severa seca há quatro anos, e agora tem de encontrar uma saída para levar água a comunidades agrícolas para consumo humano. A aflição do gestor é complementada por problemas com os programas da Saúde.

Com a saudação: está tudo ruim, o prefeito iniciou sua entrevista à Agência de Notícias da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ele relatou que a prefeitura contava com o apoio de cinco carros pipas para levar água às áreas rurais e o serviço foi paralisado nesta terça-feira, 15 de dezembro, por falta pagamento há três meses. "Isso aqui hoje está uma calamidade, e infelizmente eu não sei o que fazer porque para alugar carro pipa o Município não tem recursos", disse Macêdo.

"A falta de água afeta cerca de cinco mil famílias diretamente. São cinco rotas abastecidas pelos carros pipas, o que significa dizer que vários sítios tem o abastecimento de cisternas", calculou o prefeito. Com o cancelamento da distribuição de água pelo exército, ainda segundo o prefeito, haverá apenas dois carros pagos com recursos próprios para atender toda a demanda.

Ao explicar melhor a situação, o gestor contou que ao todo são sete rotas, e delas cinco tiveram abastecimento cancelado hoje. "Já pedi apoio a senador e deputado, porque eu não tenho como resolver este problema e a nossa população não pode ficar sem água", contou o gestor. Ele disse também que já entrou em contato com o exército, responsável pela ação, e a informação foi: "o Ministério da Integração não repassou os recursos".

Ao repetir diversas vezes seu desespero por não saber como resolver o problema, o prefeito contou como a notícia de que o governo só vai repassar metade dos recursos da alta complexidade da Saúde, e no final do mês, o deixou ainda mais desanimado. "Nós temos nosso compromisso. Temos 13.º, folha de pagamento, fornecedores. E como fica a nossa situação"? questiona. "O governo não tem problema se não repassar, mas nós temos problemas se não pagarmos os médicos, enfermeiros e dentistas", contou o gestor municipal.

Ele destacou ainda que além do recurso federal repassado ser insuficiente para fazer as políticas públicas de Saúde, "a proposta de reduzir a 50% fica vexatório para a gente administrar".

Ao final de sua entrevista, o prefeito faz menção ao trabalho desenvolvido pela CNM. "Na situação em que se encontra esse país, quem ainda nos abraça e nos defende, é a CNM. Às vezes procuramos órgãos federais que fecham as portas para a gente", finalizou o gestor ao agradecer a Confederação pelo apoio prestado.
Postado por Lindomar Rodrigues às 08:39:00 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Oi entra com Habeas Corpus para tentar restabelecer o acesso ao WhatsApp
Na noite de quarta-feira, 16, a Oi impetrou um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo na tentativa de reverter a decisão que obrigou as operadoras a tirar o WhatsApp do ar no Brasil inteiro.

O Habeas Corpus foi impetrado em nome do presidente da operadora, Bayard de Paoli Gontijo, segundo o qual a medida é desproporcional e ilegal - na visão do executivo, o Marco Civil da Internet isenta provedores de serviços de telecom da responsabilidade sobre atos cometidos por terceiros.

No documento, repercutido pelo Conjur, o presidente da Oi afirma que a ordem de bloqueio não pode ser cumprida pela operadora uma vez que a empresa considera tudo isso ilegal. O problema é que, como foram notificadas, as operadoras precisam cumprir a determinação para não cometerem outro crime, o de desobediência.

Até o momento, a Oi foi a única operadora a tentar brigar contra a decisão. As demais, conforme informado pelo sindicato da categoria, decidiram cumprir a medida sem contestações: "O SindiTelebrasil esclarece ainda que as prestadoras não são autoras e não fazem parte da ação que resultou na ordem judicial."
Postado por Lindomar

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