quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



Gonzaga 
De pai para filho, de filho para pai

 


Januário, um sertanejo típico: lacônico, rígido com os filhos, mas com seus dias de riso; dedicado ao conserto de sanfonas, ainda que analfabeto. Luiz, falastrão e temperamental; também sertanejo, mas influenciado pela vida da cidade, dos palcos e por sua formação militar. E Gonzaguinha, um representante de sua geração, militante de esquerda em plena Ditadura; cabeludo, magro, asmático, teimoso; fruto da vida na periferia carioca e dos anos de internato.

Pai e filho na turnê Vida de Viajante, de 1980

Curiosamente, no entanto, este trio superou as adversidades e se tornou essencial nas vidas um do outro. É o que se nota, por exemplo, ao conversar com Humberto Macário, médico cratense, testemunha da relação entre Luiz Gonzaga e Januário.

Admiração
Para os conhecedores do repertório gonzagueano, o nome de Humberto Macário será familiar. A ele foi dedicada a música "Vovô do Baião", que narra a arriscada cirurgia de próstata realizada por Seu Humberto em Januário, em 1976.

Após a cirurgia, Humberto recusou de Luiz qualquer pagamento e, dois meses depois, veio a surpresa. "Ele apareceu lá no hospital, pegou uma caixinha de fósforo, cantou ´Vovô do Baião´. Foi muito melhor do que dinheiro. Fiquei conhecido no Brasil todo!", revela.

Seu Humberto recorda um dos episódios mais engraçados com o Vovô do Baião. "Essa o Gonzaga contava nos shows: Seu Januário estava sempre preocupado com sua casa, sua plantaçãozinha, não queria ficar no hospital. Quando fui colocar uma sonda nele, Januário disse: ´Ô Seu Humberto, bote aí uma mangueirinha bem cumprida pra eu dar uma mijada grande lá na roça que eu deixei no meu terreiro!´", relembra, entre risos.

Quanto às semelhanças entre Januário e Gonzagão, Seu Humberto é preciso: "Não tinham semelhança física, mas a ironia, a alegria, o vocabulário, a presença de espírito eram iguais. Gonzaga assimilou tudo o que o velho tinha e não faltou na hora em que ele precisou", afirma.

Desencontros
Se entre Gonzagão e o pai percebia-se uma espécie de reverência mútua, entre Luiz e o filho repousava uma distância quase insuperável, por vários motivos: a escassa presença do pai durante a infância e adolescência do filho, devido à rotina de shows; a pressão das expectativas e, mais tarde, o modo como encaravam o contexto político da época.

No entanto, algumas tentativas de reconciliação foram feitas. Após a morte da sogra, Marieta - que não aceitava a presença de Gonzaguinha na casa de Luiz e Helena, Gonzaga decide, finalmente, trazer o filho para casa. Gonzaguinha estava com 16 anos e acabara de se curar de uma tuberculose. Contudo, pai, filho e madrasta não conseguiam se entender. Logo o filho voltaria a viver com os pais de criação.

Gonzaguinha fiou-se ao violão e tornou-se também artista. Os dois, porém, seguiam estilos distintos. Nesse período, Luiz manteve-se indiferente ao sucesso e, inclusive, à família do filho. A reconciliação afetiva e artística dos dois só aconteceu no fim da década de 1970, quando o cabeludo Gonzaguinha conheceu o sertão de Seu Luiz e este, por sua vez, a musicalidade e as composições do filho. O encontro rendeu ainda a turnê "Vida de Viajante", em 1980.

Raridade

Mas será que ainda existe quem possa falar desses três protagonistas juntos? Na verdade, sim. No município pernambucano de Exu, um ranchinho sobrevive à seca ao lado do tão falado Museu do Gonzagão. Umas poucas cabeças de ovelha e de gado pertencem a um sujeito que conviveu com Januário, Gonzaga e Gonzaguinha: João Batista Januário, 50 anos, o João Gonzaga, filho de criação de Seu Januário e afilhado do Rei do Baião. Encontramos seu ranchinho ao acaso e o vaqueiro nos recebeu sem marcar hora. Despertou da sesta e nos contou como se tornou parte da família: "Quando faleceu Mãe Santana, Pai Januário passou a viver no Araripe sozinho, os filhos cresceram, criaram asas... Foi aí que ele casou com Maria Raimunda de Jesus, muito mais nova de que ele, mas viram que não podiam ter filhos. Eu mesmo sou filho da paixão entre uma mulher casada e um homem solteiro, que não puderam me criar. Aí resolveram me dar pra quem podia. Em 12 de março de 1962 eu nasci. Em 15 de março, já era filho de Januário".

Segundo João Batista, Gonzagão recebeu bem o segundo casamento do pai. "Ele podia até desconfiar, já que ela tinha idade pra ser filha de Januário, mas quando ele viu o carinho e o cuidado que ela tinha com pai, não criou mal estar nenhum". Perguntei ao vaqueiro o que Gonzaga herdou de mais precioso de Januário. Ele retornou com outra pergunta:

- Em uma palavra? Eu só preciso de uma: a inteligência.

E nos contou da habilidade impressionante do analfabeto Januário, que conseguia "destripar" uma harmônica em cima de uma mesa e montar de novo, peça por peça. Seja um fole de oito baixos, seja um acordeom de 120, Januário tinha sensibilidade para, com instrumentos precários, consertar e afinar o instrumento.

"Além disso, ele era um dicionário de sabedoria. Um homem de poucas palavras, mas quando falava, era muito sábio. Isso eu não herdei de pai e acho que Gonzaga também não, já que era falastrão!", ria-se. De acordo com João, orgulho e gosto pela riqueza eram características que passavam longe do Vô do Baião.

"Uma vez, disseram a pai: ´Januário, você já pode se orgulhar, porque seu filho é rico e é o Rei do Baião!´. Sabe o que ele respondeu? Disse: ´Dessa doença eu fui vacinado. Olhe a casa em que eu vivo? Deus me deu condições de morar em canto melhor, mas minha terra eu mal carrego no solado do sapato!´ Como quem diz que não ia pro Rio de Janeiro porque não conseguia levar o Araripe todo, só um tantinho no sapato, entende?", revela o vaqueiro.

Na década de 70, quando Gonzaga e o filho já tinham se reconciliado, João Gonzaga testemunhou a vivência dos dois, ali mesmo em seu ranchinho. "Gonzaguinha gostava muito de jogar uma bolinha e a gente jogava aqui, nesse terreiro. Aquele ali era teimoso, uma cobra! Peguei muita briga com ele! Odiava que a gente fizesse queimada no terreiro, qualquer coivarazinha e ele vinha brigar. Nesse dia, foi preciso a mãe apartar a briga", relembra, entre risos.

Mas garante que o carioca intransigente se apaixonou pelo sertão. "Ali mesmo, debaixo daquele pé de Juazeiro, o Gonzaguinha virou pra mim e disse: ´João, bicho, isso aqui é que é vida!´"

Vaqueiro da Fazenda Recanto, uma das quatro que Gonzaga mantinha no sertão, João relembra quando o padrinho montava a cavalo e soltava aboios pelo descampado. "Ele não era de lida, mas gostava muito de seus vaqueiros. Tinha gente que chamava ele de ´vaqueiro velho´. Com os funcionários era muito atencioso, se preocupava se todo mundo tinha terno de couro, se estava bem calçado...", comenta.

O apelido João Gonzaga também vem de uma boa história: João Batista era chegado em futebol e jogava pelo time de Exu. Em um dos jogos, o locutor lhe chamou de João Gonzaga e o próprio Rei do Baião assistia ao jogo. "Fiquei me escondendo das vista dele o jogo todo! Ele ficou meio bravo, não me deu nem a benção direito. Fiquei com raiva também e passamos um tempo sem nos falar".

"Em 1979, ele apareceu pela casa do Museu, aí vizinho, e minha mãe foi me chamar. Ela disse: ´João, vá lá ver seu padrinho que ele tá é doente´. Aí eu fui. Quando cheguei lá, ele me deu um ´Deus te abençoe!´, assim com gosto, e fez força pra se levantar da cadeira de rodas só pra me dar um abraço. Aí me disse: ´Eu tô sabendo que todo mundo aqui lhe chama de João Gonzaga. Pois agora eu vou permitir que você carregue meu nome. Você merece.", confidencia.

Após o falecimento de Luiz, em 1989, Gonzaguinha fez do Parque Aza Branca sua morada por vários meses. Ali, deu continuidade ao Museu do Gonzagão, que, na verdade foi iniciado por Luiz e Helena.

A alguns anos, Clemilce Parente, 64, é uma das responsáveis pelo memorial. De acordo com ela, poucos meses depois da partida de Gonzaga, o filho, tão afastado dos conterrâneos do pai, promoveu uma reconciliação.

"Ele se reuniu com a comunidade e disse que queria dar fim à distância que havia entre ele e o povo de Exu. Fez uma grande festa e lá as pessoas presentearam ele com um chapéu de couro com os dizeres ´Luiz Gonzaga nos deixou seu maior patrimônio: Gonzaguinha´", recordou.  (Fonte:Jornal Diário do Nordeste)
 Fotos  Valmir  Holanda

100 ano100 anos de História, muitos anos de saudade....







Amanhã completa 100 que nascia o Rei do Baião,  Luiz Gonzaga,  um homem que ensinou os "Sulistas"  que no Nordeste não era só miséria como muitos pensavam.

Luiz Gonzaga mostrou que aqui também existia  muitas coisas boas e principalmente,  existia e existe um povo forte, humilde,  honesto,  trabalhador e talentoso...   foi cantando nossa história que Luiz "Lula" Gonzaga,  fez o Brasil se render ao  talento Nordestino de um homem sem dinheiro, mas com muita força de vontade de vencer e realizar seus sonhos Gonzagão se tornou o eterno Rei do Baião!


Hoje e manhã vamos postar várias imagens de Luiz Gonazaga, e amanhã vamos contar um pouco da grande história de seu  Luiz.

Se você quiser mandar um homenagem para  Gonzagão é só clicar e enviar seu recado para nosso Blog.





Quixeramobim 
Agricultor lesiona primo com golpe de facão 
 / Foto: Ilustrativa

Às 15 horas desta terça-feira, 11, a Polícia Militar de Quixeramobim foi acionada e deslocou-se à comunidade de Jurema, Distrito de Damião Carneiro, para atender a uma ocorrência de lesão corporal. Segundo informações, Antonio Idanízio Cirino da Costa, 37 anos, residente na localidade de Agrovila, foi vítima de um golpe de facão desferido pelo agricultor Francisco Raimundo dos Santos Cirino, 54 anos, primo da vítima. Não foram divulgados os motivos do crime.

O acusado foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil e a vítima, que sofreu o golpe na cabeça, foi levada ao Hospital Regional Dr. Pontes Neto. Seu estado de saúde é desconhecido.

Por volta das 20h30min, na Rua Cleódon Siqueira, Vila União, dois homens armados com revolveres tentaram assaltar o comércio de José Osmar de Almeida, 67 anos. Policiais realizaram diligência e de acordo com populares, os dois homens foram identificados como Alex e Ratinho. O Delegado Eduardo Tomé investiga o caso.      
Postado por: Jornalismo
 
Fotos  Valmir  Holanda

Ninguém da emissora percebeu o desenho no quadro


De volta aos tempos de escola, é bem comum lembrar-se dos inúmeros protestos engraçadinhos que os alunos costumam fazer contra seja o que for que os estiverem incomodando naqueles dias. 

O quadro-negro sempre foi o local preferido para expressar angustias e fazer piadas, arrancando expressões de satisfação daqueles que concordam com o protesto. 

Mas na Eslováquia, uma dessas brincadeiras ganhou fama nacional, e não foi de uma maneira muito positiva. Enquanto a professora Maria Franikova, de uma cidadezinha chamada Poltar, dava entrevista para um canal de TV, um desenho de um homem com um nariz em formato de pênis servia como pano de fundo para o cenário. 

De acordo com o jornal inglês “Metro”, a pegadinha passou despercebida pelos editores da emissora. Mas alguns telespectadores mais atentos não deixaram barato, e inundaram o canal com reclamações pela imagem inapropriada. 

“Não sei se isso foi uma mensagem secreta dos professores para o governo ou o quê, mas deveria ter sido tirado do quadro. Já temos bastantes babacas na política, não precisamos criar mais”, disse Miroslav Spak, ao assistir o programa

O autor do desenho permanece anônimo.



Fotos  Valmir  Holanda
Fonte: Notícias Inusitadas / Virgula

Mistério continua: Mais dois caixões de defuntos são encontrados em Quixadá




Perguntas sem respostas e um mistério que assombra a população de Quixadá aparições de caixões de defuntos continua sendo o assunto mais comentado nas rodas de ‘prosas’ entre vizinhos, principalmente aqueles gozadores de estórias mirabolantes. Desde de sábado quatro caixões apareceram pelas ruas da Terra dos Monólitos, todavia, ninguém sabe quem os colocaram, bem como os interesses embutidos.
O caso tem chamado à atenção da população, são muitos questionamentos e perguntas sem respostas.
Quixadá, no Sertão Central cearense, é também conhecida como a capital nordestina dos extraterrestres, ufólogos tentam provar que há inclusive um local para a permanência dos estranhos visitantes. De forma macabra ou violação de túmulos de cemitério, são apontadas como hipóteses da aparição de quatro ‘urnas funerárias’ nas ruas de Quixadá. Alguns acreditam inclusive que os alienígenas foram responsáveis.
No sábado um homem em visível estado de inebriamento tentou vender um caixão de defunto por bebida, sem cliente, resolveu jogar dentro do Cemitério Municipal, o homem chegou a ser conduzido a Delegacia Regional de Polícia Civil para prestar esclarecimento, suspeito de violação de túmulos, explicou que havia encontrado nas mediações do Hospital Dr. Eudásio Barroso e após prestar depoimento foi liberado.
Na terça-feira, 27, populares da Rua Juvêncio Alves ficaram assustados com um caixão para adultos jogado em um acumulo de lixo. Ninguém soube como foi colocado e quem seria o proprietário. O mistério aumentou na cidade.
Na noite dessa quarta-feira, 28, moradores do bairro Baviera correram para ver as margens da linha férrea dois caixões, dessa vez para recém-nascidos. Estavam fechados e havia suspeita de ter crianças dentro, um homem abriu e para a surpresa de todos não havia nada. Moradores também não sabem quem colocou os objetos no local    .O caso tem chamado à atenção da população, são muitos questionamentos e perguntas sem respostas.
Fotos  Valmir  Holanda
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Mais uma tentativa de assalto foi registrado pela polícia na noite desta terça-feira, 11, na cidade de Quixeramobim.

Segundo informações da PM, dois adolescentes armados de revolver, tentaram assaltar um comércio na Rua Cleodon Siqueira, no bairro da Vila União. O crime aconteceu por volta das 20h30min onde após a dupla de adolescentes tentarem assaltar o proprietário do estabelecimento, um senhor de 68 anos, sem êxito, a dupla saiu efetuando disparos de arma de fogo em via pública para conseguir fuga.  Um dos acusados foi identificado como sendo um adolescente que já foi apreendido várias vezes pela polícia e já teve várias passagens pela casa de recuperação para menores, mas sempre retorna cometendo crimes. 

A polícia realizou várias diligências, mas até o fechamento desta matéria os autores do delito não foram localizados. POR FERNANDO IVO

Fotos  Valmir  Holanda