segunda-feira, 1 de abril de 2019

Lavras da Mangabeira tem chuva de 181 milímetros, seu maior registro de 2019


O céu nublado marca o fim de semana no Ceará
(Foto: Marciel Bezerra)
O município de Lavras da Mangabeira, localizado na macrorregião do Cariri, registrou, no intervalo entre as 7h deste sábado (30) e as 7h deste domingo (31), sua maior chuva do ano, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Com 181 milímetros observados no posto pluviométrico de Iborepi, o registro ultrapassou a marca do dia 24 deste mesmo mês, que foi de 148,6 mm. Além do maior acumulado do município desde o começo de 2019, o registro também foi o maior entre os demais nas últimas 24 horas.

Segundo a Funceme, com o acumulado de ontem para hoje, Lavras fecha o mês com precipitações 52,1% acima da média. A normal climatológica do município é de 221,1 mm e, neste momento, aponta 336,3 milímetros.

No balanço final das chuvas entre sábado e domingo, há registros de chuvas em, pelo menos, 127 municípios. Além disto, o Calendário de Chuvas da Funceme indica precipitações em todas as macrorregiões, em conformidade com a previsão do tempo indicada já na última sexta-feira (29).

Para este domingo, o Ceará terá céu nublado com eventos de chuva em todas as macrorregiões. Já nesta segunda-feira (1º), nebulosidade variável com eventos de chuva em todo o estado.

Fonte: Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)

Ceará tem 25 açudes sangrando; aporte registrado no Castanhão é destaque


Os reservatrios Farias de Sousa e Riacho do Sangue deixaram o volume morto

Castanhão receberá água do Rio São Francisco através da transposição
(Foto: Julio Caesar)
Com as chuvas acumuladas dos últimos dias, 25 açudes no Ceará estão sangrando, de acordo com a resenha diária de monitoramento publicada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Dentre estes, destaca-se o reservatório Sobral, o mais recente a verter. O órgão informa ainda que os açudes Farias de Sousa e Riacho do Sangue deixaram volume morto com a água recebida entre sábado, 30, e este domingo, 31.

De acordo com o levantamento, 61 açudes tiveram aportes no período de monitoramento. A Companhia destaca considerável volume contabilizado nos açudes Acarape do Meio, Aracoiaba, Banabuiú, Castanhão, Edson Queiroz, Figueiredo, Jaburu I,Orós, Pedras Brancas, Pentecoste e Taquara.

O maior volume de água foi recebido no Castanhão. De acordo com a resenha, 3,8 milhões de metros cúbicos foram contabilizados no maior reservatório cearense, localizado no município de Alto Santo, distante 250 km de Fortaleza.

O relatório também indica aumento no volume atual do sistema de abastecimento do Ceará, com 14,07% da capacidade de armazenamento.

No total, entre sábado e hoje, a Cogerh contabilizou 25,29 milhões em metros cúbicos de água. O órgão monitora 155 de açudes. Desses, 93 estão com volume abaixo de 30%. 29 estão acima de 90%.

Sangrando

Já atingiram a capacidade máxima, os açudes Maranguapinho, Missi, Itapebussu, Cocó, Caldeirões, Diamantino II,  Jenipapo, Gameleira, Germinal, Barragem do Batalhão, Itaúna, Batente, Gangorra, Cauhipe, Tijuquinha, Angicos, Valério, São Vicente, Quandú, Várzea da Volta, Tucunduba, São José I, Sobral, S. Pedro Timbaúba e Acaraú Mirim.

Do O POVO Online

Ceará tem 602 casos confirmados de dengue e 86 de chikungunya em 2019



Dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estdo do Ceará se referem às 12 primeiras semanas deste ano.

Ceará acumula 602 casos de dengue e 86 de chikungunya nas 12
 primeiras semanas de 2019. — Foto: Divulgação/AEN
Houve uma queda no número de casos confirmados de dengue no Ceará nas 12 primeiras semanas de 2019, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará, nesta sexta-feira (29). Foram 602 casos confirmados este ano contra 1.214 registrados no mesmo período do ano passado.

Ainda segundo o boletim, foram confirmados também 86 casos de chikungunya neste ano até o momento. O número é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 584 casos da doença no Ceará.

Neste ano, nenhum caso de zika foi confirmado no período, diferentemente do ano passado, quando até a décima segunda semana já havia 16 casos confirmados.

Dengue

Em 2019, foram notificados 3.409 casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), distribuídos em 138 dos 184 municípios cearenses, o que representa uma incidência de 75%. Os casos confirmados foram vistos em 50 municípios cearenses, com uma taxa de incidência acumulada de 6,72 casos por 100 mil habitantes, sinalizando portanto um cenário de baixa transmissão.

Com relação aos casos confirmados, por faixa etária, a dengue atingiu todos os grupos etários, no entanto observou-se uma predominância de pacientes na faixa etária de 20 a 29 anos, seguido do grupo dos que têm idade entre 30 e 39 anos.

Neste ano, foram confirmados três casos de dengue com sinais de alarme (DCSA) ocorridos nos municípios de Fortaleza (1), Cascavel (1) e Russas (1). Até o dia 26 de março, 16 óbitos suspeitos de Dengue Grave (DG) foram notificados, destes, cinco foram descartados, enquanto 11 permanecem em investigação.

Chikungunya

Foram notificados 805 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 86 foram confirmados e 219 já estão descartados.

Os casos confirmados estão distribuídos entre pessoas de idades de um a 79 anos, predominando a faixa etária de 20 a 49 anos representado por 60,5% (52 dos 86 casos). A maioria dos registros foi encontrado em pessoas do sexo feminino, 48 dos 86 casos, o que representa mais da metade (55,8%). Não houve registro de mortes até o momento.

A incidência acumulada do Ceará é de nove casos notificados de chikungunya por 100 mil habitantes. Segundo a Sesa, 44,6% dos municípios não registraram casos suspeitos de chikungunya, porém os outros 53,8% pontuaram com baixas incidências.

Com incidências médias e alta, destacam-se Cascavel, Jati e Palhano, respectivamente. Quanto à taxa dos casos confirmados, 22,5% dos municípios apresentaram baixas incidências e os demais não confirmaram casos.

Zika

Com relação à zika, até a 12ª semana de 2019, foram registrados 58 casos suspeitos da doença em 30 dos 184 municípios do Ceará. Destes, 20 foram descartados e os demais estão em investigação.

Os 15 casos suspeitos em gestantes, que correspondem a 25,8% das notificações, estão sem confirmação até o momento. A redução do número de notificações de zika foi de 62%, quando comparada ao mesmo período de 2018, quando foram registrados 153 casos.

(Do G1 CE)

Quixeramobim recebe rede para estudo de atividades sísmicas após tremores de terra


Os técnicos do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) iniciaram na última sexta-feira, 29, a instalação de uma rede sismográfica local no município de Quixeramobim, no Sertão Central do Ceará.

A cidade, assim como o município vizinho de Boa Viagem, registrou pelo menos sete tremores de terra somente entre os dias 18 e 20 de março. As magnitudes dos tremores variaram entre 1,5 e 2,9, na Escala Richter. Apesar dos abalos, não há registros de feridos.

Segundo o LabSis/UFRN, as duas primeiras instalações foram realizadas no distrito de Passagem, localidade de São Joaquim, e já estão em operação, tendo registrado os primeiros eventos. “Esperamos que os dados coletados possam esclarecer melhor onde está a área epicentral dos eventos que têm sido sentidos pela população”, afirmou o LabiSis/UFRN.

Ainda de acordo com técnicos do laboratório, a atividade sísmica continua na forma de microtremores, mas na última sexta-feira, por volta de 15h20, foi registrado um abalo de magnitude 1,5, acima do limiar de percepção costumeiro para eventos no Nordeste.

Tremores de terra
O LabiSis/UFRN voltou a observar novos tremores de terra em Quixeramobim entre os dias 24 e 26 deste mês. Os eventos de maior intensidade ocorreram no dia 26. O primeiro aconteceu às 10h25 e teve magnitude estimada em 1,8. O segundo evento, de magnitude 2,5, ocorreu três minutos depois. Esses eventos foram registrados por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pela UFRN.

Histórico de tremor no Ceará
Em 20 de novembro de 1980, um tremor de terra atingiu a cidade de Pacajus, na Grande Fortaleza, com magnitude de 5,2. Nos anos seguintes, outros tremores foram registrados no estado. Um de magnitude 4,8 ocorreu no município de Irauçuba, em 1991.

Já no ano de 1997, também foi observada atividade sísmica de 3,2 dentro do reservatório do Açude Tucunduba, entre os municípios de Senador Sá e Marco.

Outro tremor forte foi sentido em Sobral, em 2009, chegando a 4,3 pontos na Escala Richter. O abalo provocou rachaduras em estruturas de concreto e derrubou móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200 quilômetros de raio e chegou a afetar cidades do litoral cearense, como Fortaleza.

Em outubro de 2017, um tremor de terra em Cascavel, de magnitude 3, causou fissuras em prédios, fez casas tremerem e assustou moradores.

Causa dos tremores
Segundo o Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores ocorrem devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica.

As fossas são das aligao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico, que ligam a América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas.

(Do Repórter Ceará – G1-CE)