sábado, 30 de junho de 2012


Ceará Sporting Clube em plena festa de São Pedro pulou uma grande fogueira, ao não aceitar a proposta fora da realidade local, bem como a quilômetros de distância, do futebol, hoje, praticado pelo atacante Magno Alves. Para determinados cronistas esportivos, o Ceará não teria como pagar 120 mil reais por mês ao jogador, e nem ele, Magno Alves, possui futebol, que valha tamanho sacrifício do campeão cearense. O alvinegro para as disputas da segunda divisão já tem atacante sobrando, além de Mota, Romário e Misael ainda existem mais três reservas!  
E Magno Alves disse não ao Ceará. O casamento da vez é com o Sport Recife. O jogador aceitou proposta do clube pernambucano e vai passar os próximos oito meses em Recife. Pesou no acerto a pedida salarial – o dobro do oferecido pelo Ceará -, a exposição de atuar na Série A e a proximidade de Fortaleza. Como acabou de casar com uma cearense, Magno está a 50 minutos de voo da nova casa.

Entendo perfeitamente a posição dele. Na balança entre os pontos citados e a relação com a torcida do Ceará, e morar na mesma cidade da esposa, falou mais alto o profissionalismo. E Magno Alves sabe que se não emplacar lá, volta para o Ceará na hora que quiser, tamanho o fetiche que se criou em torno do nome dele em Porangabuçu. Apesar de que agora o clube vai precisar correr atrás de um nome de peso.

A negativa carrega um ensinamento não só para os alvinegros. Quem trabalha com futebol, vive disso, não coloca paixão à frente de negócios. E outra, a ligação do atleta com o Ceará, apesar de cercada de respeito e boas lembranças, não é das mais arraigadas, como a de Mota, por exemplo. A vontade de ver Magno Alves com a camisa do Ceará sempre foi muito mais do clube do que do próprio jogador. Como no caso entre Ronaldo Angelim e o Fortaleza, no início do ano.
Crisanto Teixeira – Historiador – Jornalista e Radialista.

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