sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Obras contra seca no Ceará põem Estado e União em confronto




Em meio a uma das secas mais longas já registradas no Ceará, União e Estado travam disputa sobre a execução de obras emergenciais contra a estiagem. O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) transferiu para o Departamento Nacional das Obras Contra as Secas (Dnocs) a execução de várias das ações emergenciais em estados do Nordeste. A decisão foi criticada pelo governador Camilo Santana (PT). Mas, até um aliado de Temer no Ceará protestou, caso do deputado federal Danilo Forte (PSB).

As obras afetadas são compartilhadas entre Estado e União. Recebem verba federal, mas estavam sob administração estadual. Agora, parte será transferida ao Dnocs.

De acordo com Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, a instalação de adutoras de montagem rápida e o abastecimento à área urbana por carros-pipa serão as principais ações afetadas. A construção de dez adutoras estava entre as medidas previstas para receber parte dos R$ 790 milhões liberados pelo Governo Federal para ações contra a seca no Nordeste. O repasse para as adutoras deve tomar R$ 42,7 milhões.

Camilo Santana reclamou da transferência da gestão das obras para o Dnocs. “Achei que foi um erro do Governo (Federal)”, disse o governador cearense. Camilo afirmou que a preocupação é sobre a velocidade de execução dos projetos, diante da mudança de gestão. “Se A, B ou C vai executar, o importante é que seja feito, porque as pessoas estão passando sede”. Ele também afirma que a decisão contraria acordos já assinados. “Independente do governo, compromissos precisam ser honrados”, disse. (Do O Povo Online)

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