quinta-feira, 7 de março de 2013

Ceará emprega mão de obra carcerária nas obras de mobilidade da Copa do Mundo

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Já em março de 2013, vinte e cinco (25) apenados começam a trabalhar como pedreiro e servente de pedreiro.

a Linha Sul do Metrô de Fortaleza. A secretária da Justiça e da Cidadania, Mariana Lobo, o secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, e os representantes das empresas que formam o consórcio CPE-VLT, oficializam a cooperação para iniciar até maio os trabalhos de cem pessoas egressos nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos que ligará a Parangaba ao Mucuripe, cruzando 20 bairros de Fortaleza.

Já em março de 2013, vinte e cinco (25) apenados começam a trabalhar como pedreiro e servente de pedreiro. O objetivo do Governo do Estado é ampliar este efetivo com o avançar da obra, garantindo a inclusão social como um dos pré-requisitos na preparação de Fortaleza para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. Os funcionários oriundos do sistema penal passaram por uma triagem psicológica e social. Em abril, mais 25 egressos serão admitidos e em maio, 50 presos serão distribuídos ao longo da extensão da obra.
A mão de obra carcerária que adentra a obra do VLT recebe acompanhamento semanal da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (CISPE), vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, que fiscaliza o cumprimento da carga horária e ainda garante o acompanhamento social da família. Os presos também serão acompanhados pelo Grupo de Custódia, formado por agentes penitenciários.
O termo de cooperação integra o Programa Mãos que Constroem que pretende contribuir para a ressocialização dos detentos e reduzir a reincidência criminal por meio de oportunidades de emprego e de cursos profissionalizantes. Com isso, o Governo do Estado reafirma o compromisso com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de empregar a mão de obra carcerária nas obras para a Copa do Mundo FIFA 2014™, como já fora feito entre agosto de 2011 e dezembro de 2012, dando oportunidade para 22 egressos na construção da Arena Castelão.
A secretária da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo, aposta no trabalho como ponte de inclusão social do encarcerado e motor para diminuição da violência. “Temos experiências concretas em diversos projetos da Sejus, que ao dar uma oportunidade de trabalho ao preso, nós diminuímos a ociosidade e a tensão dentro do cárcere e abrimos uma grande possibilidade para que ele não venha a rescindir no crime. Para se ter uma ideia das 200 contratações de assistidos em 2012 apenas nove apenados reincidiu criminalmente. Ou seja, os projetos da Sejus mostraram que é possível, com responsabilidade na triagem e no acompanhamento, fazer a inclusão laboral da pessoa presa em 95% dos casos”, afirma.
“O Governo do Estado tem a preocupação de que o investimento feito com o recurso público retorne para a sociedade por meio de ações que contribuam na mobilidade urbana do fortalezense, caso das obras do Metrofor e do VLT, mas também queremos que as empresas contratadas para este fim tenham atitudes socialmente responsáveis. Por isso, é muito importante que o Estado incentive este comportamento ético e humano, porque acreditamos que as empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais”, confirma o secretário Adail Fontenele. Para ele, a proposta da Sejus vem de encontro a uma necessidade empresas da construção civil de mão de obra, mas também de dar uma contrapartida social.
Direito ao trabalho

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