terça-feira, 2 de agosto de 2016

10 anos da Lei Maria da Penha e a assustadora realidade das mulheres brasileiras


Foto: Instituto Maria da Penha
Após o caso de violência doméstica, em 1983, contra a cearense de Fortaleza, Maria da Penha, tomar proporções internacionais, teve início um debate com relação à temática de violência contra a mulher em nosso país.

Anos se passaram até que o caso de Maria da Penha fosse considerado um crime de violência doméstica. De lá pra cá, a criação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), da Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15), dentre outras várias medidas de prevenção e combate a violência contra a mulher foram instaladas. Porém, a incidência de casos ainda se mantém nos dias atuais com enormes taxas, principalmente contra mulheres negras e moradoras de zonas periféricas.

Ciúmes, casos de separações não aceitas pelo companheiro e alcoolismo, estão dentre a série de fatores que fazem milhares de vítimas em todo o país. Por aí existem centenas, até milhares de ‘Marias’, que sofrem essa forma de violência. Aos poucos, vem se tornando comuns casos de denúncias de violência doméstica, inclusive de mulheres famosas que romperam essa barreira do medo e do silêncio. Entretanto, muitas mulheres que sofrem com essa opressão acabam caladas pelo medo e pelo machismo.

Essa fatalidade, infelizmente, não foge muito da nossa realidade. No último mapa da violência divulgado no ano de 2015, a cidade de Senador Pompeu, no Sertão Central, aparece como a 5° colocada no ranking nacional de maiores taxas médias de homicídios contra mulheres em pequenos municípios. Em Quixeramobim, os crimes de estupros surgem como alvo de investigações e ao mesmo tempo geram medo na população feminina.

Apesar de vários avanços no combate a violência contra mulheres, ainda existem números alarmantes a serem revertidos e essa luta não pode parar. Ainda há muito a ser feito para eliminar essa cultura que faz centenas de vítimas diariamente. Suas vozes não podem ser silenciadas diante essa tamanha opressão. Cadeia neles!

Por Cleilson do Carmo
Graduando em Letras - Português pela FECLESC/UECE

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