quarta-feira, 6 de julho de 2016

Governo Temer nega compromisso com verbas para o Hospital Regional do Sertão Central


Inaugurado com festa há mais de um ano e meio, o Hospital Regional do Sertão Central – em Quixeramobim – segue hoje fechado e com seu futuro incerto. Anunciada dias antes do afastamento de Dilma Rousseff (PT), verba federal de R$ 36 milhões prometida para a unidade não veio, com o novo governo negando qualquer compromisso de repasse para o hospital.

Obra entregue com visita do ex-governador Cid Gomes (PDT) em dezembro de 2014, o funcionamento do Hospital de Quixeramobim já tem contornos de novela. Inicialmente, a previsão era de que a unidade, que custou R$ 87,7 milhões e tem capacidade de atendimento de até 400 pessoas por dia, abrisse as portas no 1º semestre de 2015.

Principal entrave para o funcionamento do hospital é o seu custeio, de R$ 100 milhões ao ano. Desde o início de sua gestão, Camilo Santana (PT) tenta repassar 50% da conta ao governo federal. Em dezembro de 2015, um ano após a “inauguração”, o governador chegou a anunciar ter garantido a verba, após reunião com o então ministro da Saúde, Marcelo Castro.

A promessa, então, passou para o 1º trimestre deste ano, mas acabou em 2º plano com o processo de impeachment de Dilma. Em 3 de maio, nove dias antes de o Senado afastar a presidente, Camilo anunciou mais uma vez a “garantia” da verba, que já teria portaria assinada pelo então ministro interino, Agenor Álvares. Com a mudança de governo, o recurso não veio.

Reunião
Na tarde de ontem, Camilo Santana e a bancada do Ceará se reuniram com o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, para tratar de assuntos da área no Estado. O custeio do hospital chegou a entrar em pauta, mas não teve qualquer promessa ou compromisso do gestor.

“O ministro disse que ainda não foi aprovada a portaria nem liberação do recurso, pois falta análise do plano operacional do hospital”, diz o coordenador da bancada do Ceará, José Airton (PT). Entre deputados, a maioria afirma que o recurso já estava garantido na gestão Dilma e que posse do interino Michel Temer (PMDB) teria inviabilizado o repasse.

Raimundo Gomes de Matos (PSDB), no entanto, contesta: “O governo anterior foi muito irresponsável, anunciava coisa que não concretizava. Não havia portaria nenhuma assinada. Jogaram muito para a plateia”, diz.

Segundo informações, mesmo sem suporte federal inicial, o governo espera que o Hospital de Quixeramobim esteja em funcionamento até o início de agosto. (Do O Povo Online)

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