sábado, 5 de julho de 2014

CE: Moradores ganham dinheiro com “bike-táxis” na Copa


Moradores de Fortaleza disputam clientes no "bike-táxi" Foto: Camila Srougi / Terra
As “bike-táxis” chamaram a atenção dos torcedores que estiveram na Arena Castelão para assistir ao duelo entre Brasil e Colômbia, em Fortaleza. Ao se aproximar da barreira policial, já era possível ouvir os gritos de centenas de jovens e adultos oferecendo uma carona aos torcedores. Ao custo de R$10, os “motoristas” levavam o público na garupa até a entrada do estádio.
O pedreiro José Osmar viu nessa inovação a oportunidade de ganhar um dinheiro extra durante os dias de jogos: “depende da sorte de cada um. Eu fiz uns R$ 400 em 3 dias”. Mas existem os motoristas mais sortudos. Ou aqueles que investiram mais. Alguns deixaram o assento menos duro ao colocar uma almofada. Outros, colocavam apoio para os pés do passageiro. José Maicon resolveu inovar a sua bicicleta. Para conquistar mais turistas, colocou um cata-vento que diz ser um ar-condicionado: “é só para tirar onda”, brincou.
Mas eles não tiram onda na hora de cobrar a corrida. Aqueles que aceitam fazer o percurso por um preço abaixo do estipulado ficam taxados de “azilados” no vocabulário informal do cearense, que significa burro. José Maicon diz que baixar o preço atrapalha o negócio dos colegas.
Durante toda a Copa, a expectativa do açougueiro Marcos Antonio Lopes é de ter faturado mil reais nos seis jogos que aconteceram em Fortaleza. Ele ainda não fechou o caixa, mas sabe bem as dificuldades que passou para conquistar seu dinheiro: “cansa muito. Agora parece que tem chumbo nas minhas pernas”. O trajeto de pouco mais de três quilômetros conta com uma subida na ida ao estádio. Momento mais complicado da carona.
A verdade é que os bike-taxistas não podem reclamar da Copa de 2014 em Fortaleza. Nos seis jogos, eles cruzaram duas vezes com os mexicanos, considerados os torcedores mais esperados da cidade: “eles davam nota de R$ 100 e nem queriam troco”, se divertiu Marcos Antonio. Já os anfitriões, não ficaram com a melhor fama: “são muito mãos de vaca”.
Terra 

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