sexta-feira, 16 de maio de 2014

Fernanda Colombo diz que pensa: “Há preconceito no futebol sim” 1


A BANDEIRINHA FERNANDA COLOMBO FALOU COM EXCLUSIVIDADE PARA MARIE CLAIRE SOBRE A DECLARAÇÃO MACHISTA DO DIRIGENTE ALEXANDRE MATTOS: "FOI PRECONCEITO, SIM" (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Há duas semanas, Fernanda Colombo Uliana viu sua rotina se transformar completamente. A bandeirinha de 23 anos virou sucesso na web após auxiliar a arbitragem no jogo entre São Paulo e CRB, pela Copa do Brasil, no dia 8 de maio. A beleza e os erros cometidos pela catarinense chamaram atenção até da imprensa internacional. No último domingo (11), depois de marcar um impedimento de um gol legítimo do Cruzeiro, em uma partida contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro, Fernanda foi alvo de uma declaração polêmica do diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos: “’Vá posar para a Playboy, não trabalhar com futebol”, disse durante uma entrevista coletiva.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o afastamento da auxiliar de arbitragem por duas rodadas da série A do Campeonato Brasileiro. De acordo com o assessor de imprensa dela, o objetivo não seria punir Fernanda, mas sim preservá-la.
Abalada com a repercussão do caso, Fernanda até cogita entrar com um processo por injúria contra o dirigente do time mineiro. “O advogado da minha assessoria me informou que é cabível uma ação indenizatória, bem como um procedimento criminal por injúria”, disse em entrevista exclusiva por e-mail à Marie Claire.
“ERROS ACONTECEM TODO O TEMPO”
Durante a conversa, Fernanda não nega que tenha feito interpretações errôneas em suas arbitragens. “Erros como esses acontecem todo o tempo com muitos profissionais. Somos humanos. No entanto, nunca vi tanta repercussão”, afirma.
A bandeirinha credita muito da polêmica a sua beleza. “Fui crucificada por ser bonita”. Ela conta que nunca tinha sentido o machismo no futebol, mas percebeu que ele realmente acontece. “Sempre me respeitaram muito, mas existe preconceito sim”. Ela gostaria que seu caso servisse de forma positiva para outras mulheres que também se sentem prejudicadas no trabalho por causa do machismo. “Tudo pode ser um exemplo para que as coisas se tornem boas”, diz. Carreira artística como sugerida pelo diretor mineiro não faz parte dos planos de Fernanda. “Não penso nisso agora. Sou bandeirinha, amo minha profissão”.

Fonte: revistamarieclaire

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