segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A SAÚDE NO TROTE DO JEGUE!



A cada dia que passa, o Brasil consagra-se como um dos mais injustos. O alargamento da população sobrante é palpável e escandaloso, principalmente na área da saúde pública. Os ricos podem pagar os melhores médicos ou hospitais para terem um atendimento de primeiro mundo, enquanto isso, os desprovidos de capital ou da amizade do “Imperador”, têm que ir para a fila do ‘Morra Brasil’ e ainda ser motivo de piada, como está imagem que circula na internet. Em Quixeramobim apesar de existirem duas secretarias de saúde, nenhuma funciona como deveria e o atendimento precário coloca em risco a vida e a dignidade do cidadão. Ah! Estamos alcançando mais um final de semana, tenha cuidado para não adoecer, pois se precisar de atendimento no Hospital Regional Dr. Pontes Neto, tem que ter muita paciência e sorte para não sofrer o que muitos já amargaram naquele nosocômio...!   

A CARA DA SAÚDE BRASILEIRA!
Centenas de pacientes, hospitais lotados, falta de leitos e deficiência de profissionais da área de saúde para atender os doentes. Este é o retrato atual da situação da saúde pública no Brasil, comprovada através de estudo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A saúde é, sem dúvidas, um dos problemas mais graves que enfrentamos atualmente.

O governo criou indicadores para medir o acesso da população a todos os tipos de serviços e a eficiência da saúde no Brasil, entre eles estavam a proporção de partos normais e a taxa de mortalidade das pessoas que chegam aos hospitais vítimas de infarto. Contudo, o ponto crítico do estudo ficou com o acesso da população aos serviços de saúde. De fato, em quase todos os hospitais públicos do país, os pacientes têm dificuldade em conseguir atendimento, principalmente para os procedimentos mais complexos.

O Brasil tem hoje cerca de 380 mil médicos, uma média de 1,95 profissionais para cada mil habitantes e em algumas regiões do país este número cai para 0,5. Se compararmos com outros países da América do Sul, como na Argentina, por exemplo, o número de médicos para o mesmo número de habitantes é de três profissionais. Já na Europa esse número atinge de cinco a seis médicos para o mesmo número de habitantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também confirmou um déficit de quatro milhões de médicos, enfermeiras e outros profissionais da saúde no mundo. A OMS estima que hoje há 59,2 milhões de profissionais da saúde no mundo. Entrementes, são necessários mais 2,3 milhões de profissionais para garantir o atendimento básico à população. Tanto no Brasil quanto nos outros países, o maior problema é que este contingente profissional está concentrado nos áreas mais ricas e nas zonas urbanas.

O aumento do número de profissionais, bem como a interiorização da medicina no Brasil é um grande desafio. Nos últimos dez anos, os gastos totais do setor público com saúde no Brasil tem girado em entre 3 e 4% do PIB. O que temos visto é muita falácia, políticas de curto prazo, sem planejamento e ações emergenciais que focam as eleições. Evidentemente, as reclamações também ocorrem, embora em menos intensidade, por parte dos usuários dos serviços particulares, neste caso porque pagam valores altos aos planos de saúde e o atendimento, em grande parte, deixa a desejar.


Crisanto Teixeira – Jornalista.

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