domingo, 17 de junho de 2012

QUIXADÁ RECEBE CARAVANA CONTRA TRABALHO INFANTIL


A caravana que teve como tema a prevenção e eliminação do trabalho infantil saiu da Praça José de Barros e percorreu diversas ruas do centro de Quixadá e logo após se dirigiu ao Balneário Cedro Clube, onde foi realizada solenidade sobre a problemática.

O município de Quixadá recebeu na última sexta-feira, 15, a Caravana Cearense Contra o Trabalho Infantil, uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho e instituições públicas estaduais e municipais, com o propósito de fortalecer ações locais para a prevenção e eliminação do Trabalho Infantil nos Estados do Nordeste.

Numa ação coordenada pelos Fóruns Estaduais de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, com o apoio técnico do Fórum Nacional Financeiro da Fundação Telefônica, a Caravana constitui-se de uma série de eventos, com atividades de sensibilização e mobilização da sociedade civil e compromissos dos poderes  executivo, legislativo e judiciário com o fortalecimento das políticas de proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, em especial a erradicação do trabalho infantil.

Participam da Caravana, representantes dos órgãos municipais e estaduais dos municípios sob a circunscrição da 12ª Crede: Banabuiú, Boa Viagem, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Madalena, Quixadá e Quixeramobim. Na ocasião, a Secretaria de Educação do Estado do Ceará reafirmará o compromisso com a promoção de políticas de proteção às crianças e aos adolescentes na rede estadual.

Na solenidade no Balneário, foi composta uma mesa com diversas autoridades e representantes de instituições de ensino, saúde e assistência social. “O trabalho infantil é um grande problema de nossa sociedade, e temos que visualizá-lo da forma mais séria possível” afirmou o promotor de justiça e representante do Ministério Público do Trabalho, Antônio Oliveira. “Podem contar com todo o apoio possível da Prefeitura Municipal de Quixadá nessa luta de objetivo tão nobre” disse o chefe de gabinete da prefeitura, Dário Queiroz. Logo após os pronunciamentos, houve a composição da mesa com crianças de diversas localidades, e a exposição de painéis temáticos.

COM INFORMAÇÕES DO PORTAL REVISTA CENTRAL 






























Galpão secular, onde se guardavam máquinas do açude, está abandonado Foto; Alex Pimentel

População se mobiliza pelo resgate do reservatório, com atividades culturais que acontecem hoje

Se o açude do Cedro estivesse "vivo" estaria completando 106 anos. Embora se trate de uma obra arquitetônica, esse é o sentimento de grande parte da população de Quixadá. Para muitos, a primeira represa pública construída no Brasil, considerada um dos mais belos ambientes turísticos do País, está materialmente morta.

Em protesto contra a situação de abandono do parque hídrico, o Coletivo Dom Quixarte e o Instituto de Convivência com o Semiárido planejaram para este sábado, o manifesto "Cedro livre ! Cedro vive !". A programação especial tem o objetivo de expor alternativas de preservação e também comemorar, pela primeira vez, o aniversário de construção da represa secular, erguida para amenizar os efeitos da seca no Nordeste.
 
O manifesto tem início programado para as 8 horas, com ação ambiental de limpeza nas trilhas do Sangradouro e da Galinha Choca, o mais exótico monólito da região. De acordo com os organizadores, bares e restaurantes no entorno do Cedro também receberão a visita de dezenas de voluntários. Eles pretendem formar três equipes. Cada uma seguirá para um local diferente. Além da coleta de lixo, os ribeirinhos receberão orientações de preservação e serão conscientizados da necessidade de multiplicarem as mensagens ambientais para os visitantes.

Acadêmicos de Direito da Faculdade Católica Rainha do Sertão vão distribuir mudas de espécies nativas, para plantio na área verde do Cedro.

No início da tarde, a partir das 14 horas, os grupos participam de quatro oficinas temáticas: Gestão de mídias sociais e outras formas de comunicação; Moda Sustentável; Iniciativa em teatro e educação e de Introdução à permacultura, um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana, como vilas, aldeias e comunidades, ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.

Apresentações
Os encontros serão realizados no estacionamento do Cedro, ao lado de um dos galpões erguidos há mais de 100 anos, para armazenar as máquinas utilizadas na construção do açude, hoje em estado de ruína.

As atividades prosseguem com diversas apresentações culturais. A partir das 16 horas o público poderá interagir com crianças da Escola Waldorf Micael de Fortaleza, mantida pela Associação para o Desenvolvimento da Antroposofia, uma instituição sem fins lucrativos, a primeira no Nordeste como centro difusor da pedagogia antroposófica, do respeito pela natureza e pelo ser humano.
Os alunos farão uma apresentação musical especial. Em seguida, vários grupos de teatro e dança, dentre eles a AABB Comunidade, Um Grito de Teatro, de Quixadá e a cantora Juçara Abé, de Fortaleza. O "Noite Sertão Fora do Eixo" ainda terá como atrações a banda Broken Necks, de Quixadá, Banda Andes, de Fortaleza e Hazamat, da Paraíba. A Vibe e os DJ´s Heitor Chaves e Marco Antônio encerram o evento do dia.

"Pretendemos mostrar que o nosso Cedro pode ser ocupado e preservado com ações culturais e ambientais realizadas pela própria sociedade civil. O Cedro livre ! Cedro vive ! é apenas um dos muitos exemplos viáveis de convivência sustentáveis e responsáveis", explicou Diná Matias, sobre o momento comunitário. Ela é uma das articuladoras do Coletivo Dom Quixarte, título do projeto interativo cuja proposta é reunir pessoas com interesse em compartilhar conhecimentos sobre diversos assuntos de forma colaborativa utilizando os conceitos de formação livre. A mesma opinião tem Augusto de Freitas, representante dos ribeirinhos do Cedro. Para ele enquanto a destruição, a poluição avançam as politicas públicas de preservação e recuperação da estrutura hídrica histórica se arrastam.
A única conquista consolidada ao longo dos últimos anos foi a interrupção da retirada de água para abastecimento da cidade. "Agora é mais difícil o Cedro secar, mas a situação poderia ser muito melhor com a transposição das águas do Açude Pirabibu para cá", acrescentou.

Conforme a acadêmica de Letras da Faculdade de Educação Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), Lídia Barros, uma das integrantes do Coletivo Dom Quixarte, a iniciativa do Manifesto partiu do ambientalista e presidente do Instituto de Convivência com o Semiárido, Osvaldo Andrade. A Organização Não Governamental luta há anos pela preservação da mata nativa, dos mananciais de riachos e rios, e pela implantação de modelos sustentáveis de áreas naturais da região. O Açude do Cedro é uma delas. Sem a intervenção da sociedade livre e modificação do modelo de exploração do espaço turístico e produtivo agrícola o ecossistema local será ainda mais degradado.

FIQUE POR DENTRO
Reservatório é patrimônio nacional
A ordem de construção do Açude do Cedro partiu do imperador Dom Pedro II, em decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877 - 1879. Entretanto, a obra só foi realizada pelos primeiros governos republicanos do Brasil, entre os anos de 1890 e 1906. Foram necessários 16 anos para a conclusão da primeira represa pública construída em território brasileiro. Segundo historiadores, nunca foi inaugurada oficialmente. A barragem, propriedade do Departamento Nacional de Obras contra a Seca, tem capacidade para 125.694.000 m³. O superdimensionamento da barragem do Cedro em relação ao potencial da sua bacia hidrográfica faz com que suas sangrias sejam raras. Em toda sua história, sangrou apenas seis vezes. O reservatório dispõe de locais para banho, pescaria e para prática de esportes náuticos. Também possui uma extensa rede de canais para irrigação, a primeira construída no Ceará. Hoje, não abastece mais a cidade de Quixadá. A partir de praticamente toda a sua extensão é possível ver a Pedra da Galinha Choca, considerada cartão postal do Município. O seu conjunto arquitetônico foi tombado em 1977 como patrimônio nacional.

Mais informações:
Coletivo Dom Quixarte
Movimento e instrumento de sociedade livre
Telefone: (88) 9633.3544
www.domquixarte.com

ALEX PIMENTELCOLABORADOR
COM INFORMAÇÕES DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

sábado, 16 de junho de 2012


Começa a campanha de vacinação 


contra a poliomielite


Crianças com menos de cinco anos devem ser vacinadas contra a poliomielite (Foto: Cesar Brustolin/AEN)Crianças com menos de cinco anos devem ser vacinadas contra a poliomielite (Foto: Cesar 
E vacinação entre postos volantes e unidades básicas de saúde. A meta da capital também é de imunizar 95% do público-alvo, ou seja, 108.533 crianças menores de cinco anos. Confira a lista dos locais na capital do estado.
Doença
A poliomielite está erradicada no Brasil desde a década de 80, e o último caso registrado no Paraná foi em 1986. Ainda assim, a vacinação é necessária, já que o causador da enfermidade infecto-contagiosa – o poliovírus – ainda circula por pelo menos 35 países do mundo. O vírus é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada, e a falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.m a transmissão.

EDUCAÇÃO-FALÁCIA NO TRÂNSITO: A QUEM INTERESSA?



O ser humano no trânsito é, conforme há muito observa o engenheiro e sociólogo Eduardo Alcântara Vasconcellos, o elemento mais importante, sem o qual o próprio fenômeno não se completa, não se apefeiçoa. Nesse contexto, via e veículo são apenas instrumentos para a realização do ato de transitar. Razoável, então, que no trânsito o controle e as prioridades sejam do elemento pensante, o ser humano, único passível de ser educado para decidir dentro dessa dinâmica. Dito isso, importa observar que a política de mobilidade brasileira (a real, não a “do papel”!) é, contraditoriamente, fundada no modelo rodoviarista e na supremacia do automóvel, que se contrapõe violentamente ao pedestrianismo, fato que, associado ao desdém com que é tratado o transporte coletivo, representa entraves cada vez mais presentes no cotidiano das cidades: a falta de mobilidade e a violência no trânsito.
Diante das eleições municipais que se avizinham, com ou sem ficha limpa (ante o dualismo das leis brasileiras, que “pegam” ou “não pegam”), uma leva de novos prefeitos e vereadores será eleita. Antes das bênçãos dos votos, entretanto, temas como a mobilidade, a violência no trânsito e outros relacionados ao dia a dia citadino, forçosamente, serão pautados. Nesse ínterim, o aforismo “a educação é a solução” já está afiado, pronto para ser entremeado aos argumentos dos candidatos, sem que se ouse contestá-los ou mesmo propor uma reflexão acerca dessa sentença. É fato, aliás, que uma parte considerável do eleitorado costuma reforçar a toada dos discursadores, recorrendo frequentemente à citada máxima, mormente quando a fiscalização de trânsito entra em ação: “em vez de multar, deveria educar” (pois “a educação é a solução”).
Ora, até o mais ingênuo dos aspirantes a cargos eletivos tem convicção de que esse bordão é simpático! Fosse priorizada a educação, tratar-se-ia de uma verdade digna das melhores alvíssaras aos que o sustentam. Ocorre que, a se ter por base os discursos atuais e as presentes práticas, são muitos anos-luz de distância entre a educação-falácia e a educação-prioridade. Investimentos pífios e equivocados e a falta de valorização dos profissionais da educação evidenciam a retórica que contraria a práxis política.
Não obstante, futuros prefeitos e vereadores terão que enfrentar o “apocalipse motorizado” em curso: calcula-se que em 2010 a produção de automóveis de passageiros e comerciais leves tenha sido de aproximadamente 2,9 milhões e, em 2015, será de 3,9 milhões. Conforme adverte a pesquisadora Erminia Maricato (na obra O impasse da política urbana no Brasil), até o fim da década, o país – onde algumas leis são observadas enquanto outras recebem status de natimortas – será o terceiro maior mercado consumidor de automóveis no mundo. Há, porém, quem afirme que já ocupa essa mesma posição no malfadado ranking dos países que mais matam no trânsito! Cumprir e fazer cumprir as leis (inclusive as relacionadas ao trânsito e à mobilidade), quiçá concorra para a solução.
Por falar em terceiro, conclua-se, com Marcio Moreira Alves (in Manual do cronista aprendiz) que, independentemente do tamanho da frota automotiva, “país onde há leis que não pegam, é dono certo de carteirinha terceiro-mundista”.


Luís Carlos Paulino - subtenente da Polícia Militar do Ceará, bacharel em Direito, pós-graduando em Gestão e Direito de Trânsito, membro da Associação Brasileira de Profissionais do Trânsito (ABPTRAN) e autor do livro Trânsito no Brasil: desafios à efetivação do direito de ir e vir e permanecer vivo. 

Texto públicado no site Abordagem Policial 
Acesse Também o blog Direito de Ir e Vir 

Fotos  Valmir



Um clima de festa e disputa eleitoral tomou conta do trecho de 15 quilômetros entre a estação Carlito Benevides, em Pacatuba, e Parangaba, em Fortaleza. O metrô da Linha Sul fez a primeira viagem após uma longa obra de quase 14 anos. Acompanhado dos prefeituráveis Ferruccio Feitosa e Roberto Cláudio, Cid Gomes fez inauguração simbólica do equipamento, que inicia fase de operações assistidas.
A obra completa deve ser entregue apenas em 2013. De acordo com o governador, em outubro, o trecho em avaliação deve ser ampliado até as estações subterrâneas localizadas no Centro da cidade.
Fogos, discursos e a presença maciça da população, curiosa em conhecer o tão aguardado metrô, foram a tônica da cerimônia. Pessoas que esperam ter de volta o transporte ferroviário, principal ligação entre Maracanaú e Fortaleza.
Pelo menos até o fim deste ano, as passagens do metrô, que circulará apenas de 9h às 15h, serão gratuitas e a população não terá garantias do pleno funcionamento do equipamento.
No período de testes, o governo pretende mobilizar a população para a conservação dos trens. Não serão permitidos nenhum tipo de comércio no interior do veículo nem mesmo pregações religiosas, de acordo com Antônio Chalita, gerente de Controle e Tráfego do Metrofor.
Pelo menos um dos vagões dos caríssimos trens italianos já teve um vidro trincado pelo impacto de uma pedra. Também foi possível observar que muitas pipas já se enroscaram na parte superior dos vagões.
Linha Sul

A linha Sul liga Fortaleza a Pacatuba. São 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado.

Esta linha irá receber um total de 20 trens que formarão dez composições de 80 metros, cada. A linha contém 18 estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central –  Chico da Silva.
 A obra está recebendo um investimento total de R$ 1,705 bilhão. Em 2013, serão feitos os ajustes finais para início da operação comercial. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus.
Com informação do Diário do Nordeste
Fotos   Valmir