O presidente Getúlio Vargas e sua comitiva desembarcam na estação de Quixadá, em 1933. Foto > Revista Noite Ilustrada
A memória arquitetônica de Quixadá precisa permanecer erguida. Pensando nessa perspectiva os alunos do curso de Design Digital do campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta cidade resolveram promover uma ação de resgate da arquitetura histórica do lugar. A experimentação artística e cultural, como definem esse momento, está programada para a noite desta quinta-feira (14), na Praça da Estação.
Segundo os organizadores, serão utilizadasprojeções para demonstrar ao público a história da ferrovia, desativada, que corta Quixadá, os trens, e as estações de embarque e desembarque, apontadas como o prenúncio do progresso nas cidades do Interior do Ceará. A Terra dos Monólitos não foi exceção. Sua estação, onde já funcionou a Academia Quixadaense de Letras (AQL), ainda aguarda um uso digno.
estação de Quixadá foi inaugurada em 1891. Em 2006 ainda era uma das estações operacionais da Companhia Ferroviária Nacional (CFN), atual concessionária do trecho conhecido como linha-tronco, ou linha Sul, da Rede de Viação Cearense (RVC). Ela surgiu com a linha da Estrada de Ferro de Baturitéaberta em seu primeiro trecho em 1872 a partir de Fortaleza e prolongada nos anos seguintes.
Em 1915, a RVC passou à administração federal. A linha chegou ao seu ponto máximo em 1926, atingindo a cidade do Crato, no sul do Ceará. Em 1957 passou a ser uma das subsidiárias formadoras da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA).  Em 1996foi arrendada juntamente com a malha ferroviária do Nordeste à Cia. Ferroviária do Nordeste (RFN). Trens de passageiros percorreram a linha Sul supostamente até os anos 1980.
Em março deste ano o Diário do Nordeste publicou edição especial sobre as ferrovias no Ceará. A publicação faz um meticuloso passeio sobre esse caminho, substituído pelas rodovias.
Encontro de Alunos de Design Digital UFC
Dia 14 de junho – 19 horas
Praça da Estação – Quixadá
Fonte: Diário Sertão Central 
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