quinta-feira, 10 de maio de 2018

Municípios do Sertão Central receberão 1º sistema de adutoras


O governo estadual definiu que o Sertão Central será a primeira região a receber o Sistema de Adutoras previsto no Projeto Malha D’ água, iniciativa a longo prazo que deve construir mais de 4 mil quilômetros de adutoras no Estado. Nessa etapa inicial, serão investidos US$ 140 milhões, de um total de US$ 200 milhões financiados pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), destinados as obras de ampliação da infraestrutura hídrica e de saneamento. O Estado foi autorizado a formalizar o empréstimo, conforme publicação do Diário Oficial do Estado da última terça-feira, 08.

De acordo com o titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, o projeto visa a redução da vulnerabilidade hídrica em municípios do interior do Estado, nas áreas urbanas e rurais. O primeiro equipamento partirá do Açude Banabuiú, atendendo a nove localidades: Banabuiú, Solonópole, Jaguaretama, Milhã, Deputado Irapuan Pinheiro, Senador Pompeu, Piquet Carneiro, Mombaça e Pedra Branca.

“São as cidades que mais têm sofrido com a seca. Mesmo com todos os investimentos feitos no passado, percebemos uma vulnerabilidade nessa região, que só não entrou em colapso por causa da intervenção do Governo do Estado”, afirma.

A partir da autorização do financiamento, explica Teixeira, a Pasta inicia a negociação junto ao Bird para o empréstimo, ao mesmo tempo em que devem ser iniciados os estudos de viabilidade técnica e ambiental para viabilização da obra. Um trâmite, que segundo estima o secretário, deve durar cerca de um ano e meio para a conclusão.

Em sua totalidade, o Projeto Malha D’ água prevê a construção de 4.306 quilômetros de adutoras a partir dos 34 reservatórios mais resistentes à seca. O sistema terá 305 estações de bombeamento e atenderá 6,2 milhões de pessoas em 178 municípios. A vazão estimada é de 16,5 m³ de água por segundo. A partir das estações, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) deve distribuir a água tratada dentro do padrão de potabilidade para o consumo as localidades cearenses.

A expectativa é que todas as bacias hidrográficas do Ceará estejam interligadas, garantindo assim o abastecimento cada vez mais próximo das comunidades. A estratégia visa, ainda, otimizar o uso dos carros-pipa. “Detectamos que toda a nossa infraestrutura hídrica vem de açudes médios e pequenos, açudes com adutoras para atender a sede municipal e distrital, e numa seca de seis anos essas reservas não suportaram. Então concluimos que precisávamos de um sistema de adutoras mais robusto, partindo de reservatórios maiores”, pontua Teixeira. (Do Repórter Ceará com informações do Diário do Nordeste)

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