quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Volume de chuva na pós-estação tem leve alta no Ceará Apesar da alta nas chuvas, situação da crise hídrica no Ceará 'praticamente não sofreu modificações', avalia Funceme.

Apesar da alta nas chuvas, situação da crise hídrica no Ceará 'praticamente 
não sofreu modificações', avalia Funceme. (Foto: Agência Brasil/Divulgação)
Após-estação chuvosa no Ceará em 2017 registrou um desvio positivo de 3,7%, se comparado com a média histórica do período. O volume observado durante os meses de junho e julho foi de 54,8 milímetros, enquanto a média é de 52,9 mm.

O volume registrado nos dois meses é o maior do que o mesmo período de 2016, quando a média foi de 18,7 mm. A variação representa um crescimento de 193%, no comparativo entre os dois anos.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a explicação para o volume de precipitações registrado na pós-estação deste ano foi o impacto de sistemas chamados de Ondas de Leste, que ocorrem a partir de distúrbios na área de atuação dos ventos alísios próximos à Linha do Equador.

“Esse período, neste ano, foi melhor do que o ano passado, mas um pouco inferior a 2015. Na realidade, a pós-estação é muito variável, ano a ano, e não representa, em geral, um volume médio de chuva, no Estado, de grande importância. Em 2013, no segundo ano do período seco de cinco anos consecutivos, o bimestre junho a julho apresentou o maior desvio (+70,8%) dos últimos 6 anos.

Nessa ocasião, choveu, em média, 90,3 mm, o que correspondeu, praticamente, à média climatológica do mês de maio (90,6 mm). Portanto, apenas nesse caso, o volume de chuva foi mais expressivo”, explica o meteorologista Raul Fritz.

Ainda conforme a Funceme, apesar das chuvas de pós-estação, a situação hídrica no Estado praticamente não sofreu modificações, pois a houve má distribuição espacial, isto é, reservatórios importantes como Castanhão, Banabuiú e Orós não receberam aporte considerável.

No início de junho, os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) apresentavam volume total de 2,35 bilhões m³, o que representa 12,6%. Já no fim de julho, o acumulado representava 12,1%.

(Do G1 CE)

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