quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Presos são baleados em tumulto motivado por entrada de pizza na cadeia pública de Morada Nova


A entrada de uma pizza em uma cadeia pública gerou tumulto, que resultou em dois detentos baleados, na noite de quarta-feira, 10, em Morada Nova, a 161 km de Fortaleza. O motim começou depois que o único agente penitenciário de plantão entregou o alimento ''cortado e amassado'' após a vistoria. Os presos reagiram jogando água suja no servidor, que efetuou disparos no chão, conforme a versão relatada por outros agentes.

O motim foi registrado por volta das 19h30min, e uma equipe da Polícia Militar que estava na área foi acionada para ajudar a conter os presos. Um dos presos feridos foi atingido na mão, e o outro de raspão, no pé. Eles foram encaminhados ao hospital, onde receberam medicação.

A cadeia da cidade, que tem capacidade máxima para cerca de 50 detentos, tinha 83 presos durante o motim, ainda conforme informações fornecidas por funcionários. Além disso, apenas um agente e dois policiais militares faziam a segurança do local durante a noite.

Um dos agentes penitenciários, que prefere não se identificar, disse que houve intensificação da vistoria de alimentos devido à recorrente entrada de celulares. ''Esse agente é mais rígido, mas permitiu a entrada do alimento após não encontrar nada de ilícito. Mas, os presos reclamaram que a pizza estava muito cortada, amassada. Bateram nas grades e fizeram o que já haviam feito outras vezes: jogaram uma mistura suja e fedorenta no agente'', conta.

De acordo com a fonte, os detentos iniciaram um motim e também arremessaram um objeto metálico contra o agente penitenciário, que cortou a mão e depois efetuou disparos. “Ele se sentiu acuado, e na tentativa de se proteger atirou para cessar a agressão”, explica o agente de identidade preservada.   A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), que confirmou o conflito iniciado com a entrada do alimento para um dos detentos. A secretaria disse, por meio de assessoria, que a distribuição dos alimentos, no turno da noite, “não estava fora do padrão”. A Sejus não comentou a superlotação da unidade.

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