segunda-feira, 7 de março de 2016

TREMOR DE TERRA É REGISTRADO NESTE DOMINGO NOS MUNICÍPIOS DE SOLONÓPOLE E JAGUARIBE


A terra volta a tremer no Interior do Ceará. Na tarde deste domingo, por volta das 17h30 moradores da zona rural dos municípios de Solonópole, no Sertão Central, e de Jaguaribe, no Vale Jaguaribano, sentiram um forte estrondo e alguns relatam que a terra tremou.

Segundo o vereador, Thiago Bastos, de Solonópole, o tremor foi sentido nas localidades de Maretas, Bom Jardim, Nova Olinda, Poço do Bento e São Luiz de Solonópole e no distrito de Nova Floresta, que pertence a Jaguaribe.

“Os moradores relataram que ocorreu primeiro um intenso estrondo, um barulho forte como se fosse um trovão e depois a terra tremeu um pouco, mas foi rápido, dois segundos”, contou Bastos. “Muitos ficaram com medo, mas não houve registro de rachaduras ou outro dano material”.

De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o tremor de terra foi registrado em Solonópole , em um profundidade de cerca de 10km e uma magnitude de 3.2

O agricultor, Francisco Rozileudo Moreira, do sítio Nova Olinda, zona rural de Solonópole, confirmou que houve um forte barulho, seguido de tremor. “Foi muito rápido, veio aquele barulho, que parecia um trovão e depois senti a terra tremer debaixo dos pés”, contou. ABALOS NO CEARÁ

De janeiro a outubro de 2015, foram registrados dez tremores de terra no Ceará de magnitude entre 2.2 e 3.2 graus na Escala Richter, sentidos pelas pessoas nas áreas atingidas, e mais 30 secundários, muitas vezes não perceptíveis pela população.

A maior incidência naquele período de 2015 foi em Irauçuba e o maior tremor registrado foi de 2.8 graus. Ceará e Rio Grande do Norte são áreas de maior ocorrência de abalos sísmicos no Nordeste.

CLASSIFICAÇÃO DOS TREMORES

Escala Richter

3 a 3,9 graus – são percebidos pelos humanos, mas não causam danos materiais.

4 a 4,9 graus – eventualmente provocam estragos em carros e vidros.

5 a 5,9 – causam danos em construções sólidas, rachaduras.

6 a 6,9 – causam estragos em um raio de 100 km, destroem pontes e estradas.

7 a 7,9 – são dez vezes mais fortes do que os de magnitude 6. 8 em diante – são catastróficos, destroem cidades e causam morte.

TREMORES NO CEARÁ

Mais de 40 municípios já registraram tremores de terra no Ceará. O primeiro registro é de 1807, em Pereiro. O maior abalo das regiões Norte e Nordeste ocorreu em Pacajus, em 1980, com 5,2 graus na Escala Ritcher. “É um fenômeno recorrente, e não previsível”, explicou Ferreira. O Estado tem cinco estações sismóligicas permanentes em Morrinhos, Sobral, Cascavel, Pedra Branca e Mauriti, que integram uma rede brasileira de sismologia operada em parceria entre a UFRN, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Nacional de Brasília (UNB) e o Observatório Nacional no Rio de Janeiro. Há ainda uma unidade isolada de observação no Açude Castanhão.


Fonte: Diário do Nordeste

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