O aumento do consumo, devido à proximidade do final do ano, é um dos fatores para a alta de preços. Mas a seca nas regiões Nordeste e Sudeste ainda é o principal vilão
A batata inglesa teve reajuste de 100% no preço (Foto: Victoria Rachitzky Hoch/Flicker/Creative Commons)
Quem faz compras na Ceasa e visitou o local recentemente se assustou com o aumento de alguns produtos, principalmente a batata inglesa. Em outubro, estava custando R$ 1,50 o quilo. O novo valor custa, em média, R$ 3, reajuste de 100%.
O pimentão foi o segundo produto que teve o maior aumento, de R$ 2 o quilo para R$ 2,90, um reajuste de 45%. Segundo Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa, o aumento do consumo, devido à proximidade do final do ano, é um dos fatores para a alta de preços desses produtos. Mas, a seca nas regiões Nordeste e Sudeste, ainda é o principal vilão.
Outros itens que também ficaram mais caros foram a cenoura (33%), o melão (33%), o tomate (28%), o maracujá (28%) e a uva (23%).
IPCE
O Índice de Preços da Ceasa Ceará (IPCE), instrumento de pesquisa que analisa 64 itens do mercado atacadista de Maracanaú, dividido em cinco setores, registrou no mês de outubro um crescimento no acumulado geral de 7,29% em relação a setembro.
O setor que registrou maior aumento foi o folha, flor e haste; com 33,39%. Nesta categoria o couve-flor ficou em destaque com maior crescimento: 87,5%, seguido da acelga com 64,38%, alface com 45,45%, repolho com 40,10%, cebolinha e coentro ambos com 12,71%.
O segundo setor que apresentou maior aumento foi hortaliça-fruto, com 17,40%. Em destaque ficou o chuchu com aumento de 62,57%, seguido da vagem com 55,34%, pimentão com 40,50%, pimenta de cheiro com 29,82% e o tomate com 22,25%. Em contrapartida, houve queda na abóbora jacaré que apresentou – 7,55%, milho verde com -3,53% e abóbora de leite com -1.03%.
Tribuna do Ceará c/ reportagem de Fernando Benevides
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