quinta-feira, 12 de junho de 2014

No Rio, manifestantes fazem ato em clima de Carnaval


Pintados e com mascaras, manifestantes do Rio perguntam: "Copa pra quem?" Foto: Daniel Ramalho / Terra
O ato contra a Copa realizado nesta quinta-feira no Rio ganhou ares de Carnaval. Os manifestantes, sindicalistas e black blocs se misturaram a ativistas fantasiados de “pink blocs”, que com balões, bambolês, roupas coloridas e armas que disparam bolhas e purpurina ao invés de balas, pedem mais bom humor e menos violência nos protestos.
Cerca de mil pessoas, segundo a PM, ocupavam a avenida Rio Branco por volta das 12h30, tocando instrumentos musicais e cantando músicas contra a Copa. Até o momento não houve registro de conflito na caminhada, que é acompanhada de perto por um grande contingente policial.
Para o deputado federal Chico Alencar, que acompanha a manifestação, questionar a forma como a Copa foi feita não impede de torcer pelo Brasilno Mundial. ”Tem que saber combinar a paixão pelo futebol com a visão critica. Estou com o Tarso Genro, foi uma roubada. É bom que o protesto seja de manhã, quero ver o jogo à tarde. A questão é que o falado 2007 não se traduziu em legado”, afirmou.
O deputado criticou ainda as manifestações que visam impedir ou atrapalhar os jogos. “Sou contra atos que vão contra o direito das pessoas de assistirem aos jogos”.
Entre as bandeiras presentes, destacam-se os símbolos da Conlutas, anarquistas, bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres, “Copa para quem?”.
Manifestantes fantasiados pedem melhorias em saúde e educação antes de sediar a Copa Foto: Daniel Ramalho / Terra
Os manifestantes, reunidos em torno da convocação pelas redes sociais batizada de A nossa copa é na rua, listam uma série de oito reivindicações e afirmam, na página do evento, que não se trata de torcer contra o País, mas se colocar contra a maneira como os jogos foram organizados e os seus reflexos nas cidades-sede.
Entre as reivindicações estão melhoras na saúde, educação e transporte, a não-criminalização dos protestos, um Maracanã com ingressos baratos, a democratização da comunicação, a reforma agrária, o fim das remoções devido a grandes eventos e o apoio as greves que acontecem no país, entre outros pontos.
O grupo promete ainda realizar outras três manifestações com datas a serem definidas.


Terra 

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