segunda-feira, 17 de setembro de 2012


A carnaubeira é uma árvore da família das palmeiras, planta de grande beleza, tanto pelo porte como pela fronde. Com lato potencial paisagístico, esse vegetal confere uma aparência nobre ao cenário local, por causa de seu tamanho e por crescer em aglomerados uniformes.

O nome "carnaúba´´ vem da língua indígena tupi e significa literalmente "árvore que arranha". A resistência e longevidade da carnaúba sempre foi motivo de orgulho e satisfação para os moradores do sertão.

Sir Humboldt, famoso naturalista chamou-a de "árvore da vida". As mais altas carnaubeiras atingem 15 metros de altura. Sua copa é formada de leques, o tronco é parcialmente coberto por uma base de sulcos, em forma de hélices. Possui numerosas flores extremamente pequenas, frutos ovóides, com cerca de três centímetros de comprimento.

Intimamente adaptada ao seu habitat natural, a carnaúba é uma planta de grande longevidade (presume-se que chegue a até 200 anos), capaz de viver por longas estações secas sem qualquer inconveniência aparente.

Várias gerações de habitantes do sertão, desde os índios, usam o tronco da carnaúba para levantar suas casas. As folhas são utilizadas na concentração de esteiras, chapéus, cobertura de casas.

O mercado atendido, atualmente, pela produção da cera de carnaúba vem ao longo de dois séculos, ampliando suas aplicações na industrialização de diversos produtos, dentre os quais podemos destacar: Polidores (utilizados principalmente na fabricação de ceras para polimento de automóveis, assoalhos, sapatos, móveis); fundição (isoladores e moldes); acabamentos (couros para calçados e afins.

Também os cosméticos (cremes e batons); revestimentos (esmalte, cola, verniz, papel, bombons, goma de mascar e porcelanato); lubrificantes (graxas e óleos finos); escritórios (papel-carbono, escritas e tintas); limpeza (detergentes e aromatizantes); e ainda os medicinais (comprimidos). 

Crisanto Teixeira – Jornalista


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