A partir do dia 22 de maio, quando faltarão 21 dias para a abertura da Copa do Mundo, as Forças Armarmadas iniciarão suas operações de segurança em Fortaleza para o evento Fifa. O efetivo será de aproximadamente 3 mil homens, o mesmo número acionado na operação durante a Copa das Confederações, no ano passado.
O trabalho militar se estenderá até 16 julho, três dias após a final do torneio. A operação será aproveitada para o esquema de proteção da reunião dos Brics, o bloco econômico com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que terá chefes de estado e delegações reunidos na Capital cearense dias 15 e 16 de julho.
Ontem, o comandante da 10ª Região Militar, general Carlos César Araújo Lima, recebeu a imprensa e, antes de almoço com oficiais, divulgou parte do esquema operacional a ser adotado. Segundo ele, os militares vão atuar na proteção de pelo menos 42 estruturas consideradas estratégicas para a realização da Copa. Entre elas, os portos do Pecém e Mucuripe, o Aeroporto Internacional Pinto Martins, subestações elétricas, reservatórios e estações de tratamento de água, além de interdição do espaço aéreo.
“Vamos fortalecer a segurança dessas estruturas sob a nossa ótica, fazendo face aos possíveis obstáculos ou àquilo que possa prejudicar o andamento da Copa”, destacou o general Araújo Lima. Alguns pontos terão patrulhamento e outros serão ocupados durante a Copa, semelhante ao que foi executado durante a Copa das Confederações. Serão agora pelo menos mil homens do Ceará e outros dois mil deslocados do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal.
No caso do espaço aéreo, como em todas as cidades que sediarão jogos durante o Mundial, a proibição de voos será diferenciada para cada fase do torneio. Na fase de grupos, em que as seleções se enfrentam por chaveamento, a interdição aérea será uma hora antes das partidas e durará até três horas depois. Das oitavas de final até as semifinais, será de uma hora antes dos jogos até quatro horas mais tarde. Na final, os voos serão barrados três horas antes e até quatro horas depois. Esse trabalho será feito por homens da Força Aérea Brasileira (FAB).
DEFESA CIBERNÉTICA
Para a contenção de distúrbios está sendo mobilizada a Brigada de Operações Especiais de Goiânia, para prevenção de ações terroristas e defesa contra agentes químicos, biológicos, explosivos, entre outros. O Pelotão de Engenharia de Teresina será mobilizado para operações de choque e desobstrução de vias.
O efetivo contará também com especialistas do Centro de Defesa Cibernética de Brasília, na segurança contra eventuais ataques de hackers. Completam a lista os militares da Artilharia do Comando de Brasília, além dos navios-patrulha da Marinha, protegendo a costa entre Pecém e Mucuripe.
Segundo o general Araújo Lima, havendo o esgotamento da capacidade operacional das forças dos órgãos de segurança pública do estado (polícias militar e civil), o Exército estará preparado para intervir em casos de protestos, como aconteceu em 2013.
“O que preocupa os órgãos de segurança pública são as manifestações agressivas, aquelas que geram danos às instalações públicas, privadas e até vidas humanas. Caso eles não resolvam o problema, passará a ser uma preocupação imediata do Exército”, afirmou. Na próxima sexta-feira, no quartel do 23º Batalhão de Caçadores, haverá o chamado Apronto Operacional das Forças Armadas, com apresentação de parte da tropa que irá atuar.
Fonte: O Povo
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