quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Polícia prende dupla acusada de assaltar Agência dos Correios e assassinar vigilante

Uma operação policial em Quixadá, que contou com apoio de policiais da região, incluindo Quixeramobim, resultou na prisão da dupla acusada de praticar um assalto contra a agência dos Correios daquele município e assassinar o vigilante do local. O crime aconteceu ontem, 29.

A vítima trata-se de Francisco Edilson do Nascimento, de 50 anos, que foi atingida com um disparo de arma de fogo na cabeça. Após o crime, a dupla fugiu em uma motocicleta e abandonou o veículo nas proximidades do posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Estadual, se embrenhando no matagal.
A Polícia passou a diligenciar e conseguiu capturar os bandidos que, segundo informações preliminares, seriam naturais de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ambos foram identificados por Alex Marques Rebouças Júnior e Gustavo da Silva Alves, 21 anos. Eles foram presos entre o bairro Cohab e o matadouro público por volta de cinco da manhã de hoje, 30.

Matéria atualizada às 09h25min

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

Temer sanciona lei que torna vaquejada manifestação e patrimônio cultural




O presidente Michel Temer sancionou sem vetos a lei que eleva rodeios, vaquejadas e outras expressões artístico-culturais à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial.

Em julgamento feito em 6 de outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional uma lei cearense que regulamentava eventos desse tipo. Desde então, a proposta que visava à sua legalização ganhou força no Congresso Nacional e foi aprovada no mesmo dia (1º de novembro) tanto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte quanto no plenário do Senado. A decisão do STF resultou também em uma manifestação contrária a ela, feita por vaqueiros no dia 11 de outubro na Esplanada dos Ministérios.

A vaquejada é uma atividade competitiva bastante praticada no Nordeste brasileiro, na qual os vaqueiros têm como objetivo derrubar o boi, puxando-o pelo rabo. As pessoas contrárias à atividade argumentam ser comum o tratamento cruel de animais. Com a sanção presidencial publicada no Diário Oficial da União de hoje (30), a prática passa a ter respaldo legal.

Na defesa que fez de seu relatório aprovado em novembro, o senador Roberto Muniz (PP/BA) argumentou existir ações de aperfeiçoamento da atividade para proteção do animal. Segundo ele, é preciso discutir formas de cuidar bem dos animais sem que seja necessário negar a prática de manifestações culturais, e que a proibição da vaquejada representa “desprezo do que é a cultura nordestina”, em especial a cultura do interior do país.

Com a sanção da lei, além da vaquejada passam também a ser considerados patrimônio cultural imaterial do Brasil o rodeio e as expressões culturais decorrentes dela – caso de montarias, provas de laço, apartação, bulldog, paleteadas, Team Penning e Work Penning, e provas como as de rédeas, dos Três Tambores e Queima do Alho. Também se enquadram como patrimônio cultural imaterial os concursos de berrante, apresentações folclóricas e de músicas de raiz.

Wildemberg Sales foi um dos organizadores do Movimento Vaquejada Legal no Distrito Federal (DF), evento feito em outubro contrário à decisão do STF. Segundo ele, cerca de 700 mil famílias vivem de forma direta ou indireta da vaquejada em todo o país. Ele também alega não haver agressão aos animais durante os espetáculos e que essas suspeitas decorrem, em parte, do fato de a vaquejada ser confundida com outras atividades, como é o caso da farra do boi. (Da Agência Brasil)