O município de Quixeramobim, a cerca de 200 quilômetros de Fortaleza, está vivendo uma situação crítica de abastecimento de água e isso, conforme o prefeito Cirilo Pimenta, já está causando racionamento em algumas áreas para que o colapso não aconteça. O nível dos reservatórios, segundo ele, está muito baixo e em alguns já é zero.
“Nós estamos fazendo o melhor aproveitamento do resto da água que ainda existe, cortando todo e qualquer desperdício, esperando que em 2015, já a partir de janeiro, caiam as primeiras chuvas do próximo inverno”, explicou ele, que foi a Brasília para manter contatos sobre o assunto com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira.
Com ele, foi tratar de dois pleitos de, como se expressou, “suma importância” para amenizar o quadro de seca. O primeiro é o aumento de tamanho do açude Fogareiro para aumentar a capacidade de 120 milhões de metros cúbicos de água para mais de 320 milhões. Esse pleito, segundo calculou, deve ser da ordem de R$ 50 milhões.
Adutora
O segundo pleito é a construção de uma adutora que vai do açude Pedra Branca, em Quixadá, para a cidade de Quixeramobim. Essa adutora vai abastecer a cidade e também o Hospital Regional que está em sua fase final e dentro de um mês talvez já seja possível inaugurar a parte de emergência para atender às demandas.
Bacia leiteira
O prefeito deu uma boa notícia que é, em plena estiagem de três anos seguidos, o crescimento da bacia leiteira do município. Isso, segundo ele, porque o gado está sendo recolhido e alimentado com ração previamente guardada. Esse regimento de confinamento, segundo ele, aumenta a produção de leite como aumenta também os gastos de produção. (com informações de Tarcísio Colares).
Seca prolonga-se e aumenta sofrimento do nordestino
O estado do Ceará passa pela pior seca dos últimos 55 anos. Dos 184 municípios que o compõem, 96% decretaram situação de emergência, ou seja, 176 cidades. Diversas dessas cidades já dependem 100% da água de carros-pipas para abastecer a população local – os moradores de comunidades mais afastadas ou nas zonas mais rurais são os que mais sofrem com a atual situação. Até mesmo a principal nascente do rio São Francisco, localizada dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais, está seca. Trata-se de um evento é inédito e o motivo para isso foi a sucessão de secas que atingem a região há pelo menos três anos.
Fonte: O Estado CE
