Representando aproximadamente 300 mil famílias de agricultores, o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Lima, fez uma avaliação do programa “Hora de Plantar”, desenvolvido pelo Governo do Estado. Em nome da categoria, ele reconhece a importância do programa. Nos últimos quatro a cinco anos o “Hora de Plantar” recebeu melhorias, principalmente em relação ao período ideal para o início da distribuição das sementes. Antes, atendendo o cronograma baseado nas análises da Funceme, os grãos chegavam tarde ao campo. Agora, chegam ao agricultor no momento em que ele mais precisa.
Entretanto, na avaliação do líder classista, apesar do esforço do Governo do Estado, a quantidade de sementes distribuídas não é suficiente para atender a demanda de 1,3 milhões de trabalhadores rurais do Estado, conforme estimativas baseadas no cadastro da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Outro aspecto negativo está relacionado à variedade de grãos para plantio distribuídos. Áreas onde há outras potencialidades de culturas adversas as distribuídas não contam com o auxilio subsidiado pelo programa governamental.
Outro ponto negativo levantado por Luiz Carlos Lima está no cadastro na base de dados dos agricultores, está desatualizada desde 2008. Por esse motivo, nos últimos anos, tem sido grande o número de agricultores batendo à porta dos sindicatos a procura do benefício. Como não são cadastrados não têm direito às sementes, as quais, embora fornecidas à menor custo, são pagas. “Esta tem sido uma pauta recorrente da Federação junto ao Governo, a atualização do cadastro, bem como o investimento em Casas de Sementes”, ressalta.
Casas de Sementes
A opção apontada pelo presidente da Fetraece para melhorar ainda mais o programa governamental administrado pela SDA, através de Ematerce, está no fortalecimento e multiplicação das Casas de Semente pelo Interior do Ceará. Para ele, com a implantação desses bancos de grãos o agricultor não terá mais a necessidade de recorrer ao Estado nos períodos de plantio. Outra vantagem está relacionada ao tipo de semente, crioula, produzida e utilizada em cada região. Com o auxílio técnico e a instalação das unidades de armazenamento, os avanços serão ainda maiores.
Veja a reportagem no Diário do Nordeste > Fetraece defende ampliação do “Hora de Plantar”