O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, confirmou neste sábado (29) que a cabeça encontrada na última quinta-feira (27) na Praça da Sé é mesmo do corpo esquartejado encontrado no domingo (23) no bairro de Higienópolis, perto do cemitério da Consolação.
O secretário fez a declaração durante a entrega de viaturas na cidade de Santos, litoral do Estado. “A perícia já confirmou que aquela cabeça encontrada é da vítima. Evidente que agora vão ser feitos exames de DNA de todas as partes do corpo e procurar estabelecer a identidade dessa pessoa”, afirmou Grella.
De acordo com ele, foi pedido prioridade para a Polícia Científica fornecer os resultados das perícias. “Nós vamos acompanhar. Evidentemente que não é um caso comum.”
Para identificar a identidade da vítima, a polícia vai fazer a reconstrução do rosto com a ajuda de um programa de computador. A secretaria também pediu as gravações do sistema de videomonitoramento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Praça da Sé.
O caso
Um saco de lixo, com pernas e braços, foi encontrado por volta das 9h do último domingo na esquina das ruas Sergipe e Sabará. Pouco depois, uma gari encontrou um carrinho de feira e um outro saco preto no cruzamento das ruas Mato Grosso e Coronel José Eusébio. Dentro dele estava o tronco da vítima enrolado a uma peça de roupa feminina. Parte da pele foi arrancada – a polícia suspeita que seja para ocultar uma tatuagem.
Um outro saco preto com uma coxa foi encontrado em uma floreira na rua da Consolação. O corpo teve as pontas dos dedos cortadas. De acordo com os legistas, a morte aconteceu na madrugada de domingo e, o esquartejamento, quando a vítima já estava morta.
A cabeça foi encontrada por um morador de rua na tarde de quinta. Ele vasculhava o lixo em busca de comida. Ao mexer no saco plástico que guardava a cabeça, sentiu um cheiro forte e chamou a GCM.
Câmeras
Imagens de câmeras de monitoramento revelam o trajeto do suspeito do crime. As cenas mostram o rapaz de perfil, em um ângulo que pode contribuir com a identificação. Trata-se de um jovem moreno, de cabelos curtos, caminhando pelas ruas Itacolomi e Sergipe. Ele estava de chinelo branco, bermuda cinza e moletom preto e puxava um carrinho de feira similar ao que foi encontrado o tronco.
Câmeras de outros dois condomínios mostram o rapaz andando pelo meio da rua e parando duas vezes para arrumar pacotes dentro do carrinho. Ele atravessa em uma faixa de pedestres e entra na rua Sabará, onde deixou o primeiro saco plástico com partes humanas.
Fonte: Útlimo segundo – Ig