Os manifestantes se recusaram a deixar o local, cobrando também a presença da imprensa.
Temendo passarem por um colapso de água haja vista a situação do açude domunicípio com a seca de 2014, trabalhadores e populares deBanabuiú, no Sertão Central cearense, se reuniram nesta terça-feira, 24, em um protesto contra a quantidade da vazão de água liberada pelo açude Arrojado Lisboa.
Os manifestantes pediram a presença de técnicos da Companhia Cearense de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh). A principal reivindicação é a diminuição da atual vazão de 8 mil metros liberados por segundo para 4 mil metros, alegando que existe desperdício de água.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Banabuiú, Ana Cavalcante, já foram feitas três audiências públicas na Câmara Municipal para chegarem a um acordo, mas até agora, nada foi firmado.
Com pedras e pedaços de paus, a população fechou o trecho da CE-153, na ponte que passa por cima do Açude. Com isso, o fluxo de veículos sentido aos municípios de Solonópole, Senador Pompeu, Milhã e municípios da região do Cariri, ficou interrompido. Uma viatura da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) foi chamada para auxiliar no trânsito.
Segundo o Tenente Coronel Calixto, do 9ª Batalhão de Polícia Militar de Quixadá, o reforço foi garantido com homens que devem permanecer no local até que o protesto termine. Os manifestantes se recusaram a deixar o local, cobrando também a presença da imprensa.
Na manhã de hoje, o programa Laser Informa, jornalístico da cidade veiculado através da FM Laser e apresentado pelo radialista Junior Lima e Edinilson Oliveira, fez uma cobertura completa da manifestação e trouxe dados atuais da situação do açude Arrojado Lisboa, o que despertou ainda mais interesse da população para o manifesto.
Atualmente, o açude Arrojado Lisboa conta com 16% da capacidade total. A rodovia foi liberada após a presença da imprensa.
Avelino NetoColaborou com a RC