quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vereadores negam pedido de impeachment; Sessão acaba em tumulto

 
A sessão realizada na manhã dessa quarta-feira, 13, na Câmara Municipal de Quixeramobim, no Sertão Central cearense, terminou em briga e empizza. Adversários e correligionários do prefeito Cirilo Pimenta entraram em atrito, uma clara demonstração de que a situação política é de calamidade na terra de “Antônio Conselheiro”.
Os vereadores apreciaram o pedido de criação 

de uma comissão parlamentar para analisar uma solicitação deimpeachment do prefeito Cirilo Pimenta e do vice Tarso Borges, além dos vereadores: Clébio Pavone Ferreira da Silva (presidente da Câmara), Everardo André de Sousa Junior (vice-presidente), Claudiane Maria Pinheiro Borges Saldanha, Francisco Idelbrando Rocha Ferreira, Ana Edna Leite Leitão e Luisa Cristina Pimenta Lima, acusados de vários crimes contra o erário público. O pedido foi protocolado pelo Ministério Público, mas rejeitado pela segunda vez pelos vereadores.
Sete suplentes foram convocados, entre eles, seis são ligados ao grupo governista. Fátima Vasconcelos (PSD), José Cláudio (PTB), Irmão Everardo (PTB), Maninho Coelho (PMDB), Terezinha Pimentel (PTB) e Sérgio Paulista (PTB, apenas a suplente Aldenora Machado (PSB) é da oposição. 

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Após o resultado da votação que já era esperada pela população, militantes dos dois grupos políticos começaram uma discussão que só terminou quando policiais militares foram acionados. A crise em Quixeramobim atinge também o comércio. O vereador Antônio Filho que estava na presidência encerrou a sessão antes da hora para evitar mais conflitos.   

No meio dos conflitos, amigos e pessoas ligadas ao prefeito Círilo Pimenta prepararam um bolo de aniversário de 60 anos nesta quarta-feira, 13/11.

RELATÓRIO APONTA ESCASSEZ D’ÁGUA E SANEAMENTO NO CEARÁ

Tropa de jumento-pipa emoldura a paisagem no sertão central do estado do Ceará - Imagem Web 

Secas e estiagens ainda são um dos grandes problemas para os habitantes do Ceará, estado em que no ano passado 95% dos seus municípios (175 de um total de 184) decretaram Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública. Esse é um dos indicadores do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2013, elaborado pela Agência Nacional das Águas (ANA) e que faz um balanço da gestão das águas no Brasil.

Elaborado a cada quatro anos com base em dados de instituições envolvidas com o gerenciamento e as problemáticas oriundas dos recursos hídricos, desta vez o relatório traz um balanço quali-quantitativo, o qual aponta não apenas a escassez, mas a situação de "criticidade quantitativa" das águas do Ceará.

No item eventos críticos, o estudo indica que o Ceará (ao contrário do que ocorre em outros estados) praticamente não registra excessos de água em regiões geográficas ou em determinados períodos do ano. Assim, enchentes, alagamentos, enxurradas e inundações atingiram, em 2012, somente um município.

Quanto ao desmatamento, o relatório comprova uma redução de 40,24% da vegetação nativa, a caatinga, até no ano de 2009. Já as unidades de conservação (parques, áreas de proteção ambiental) representam 7% em relação à área do bioma no estado, a caatinga. Enquanto isso, oficialmente, as terras indígenas representam 0,4% em relação à área do estado.

Saneamento, como era de se esperar, é considerado uma das vulnerabilidades. A população não atendida por redes de esgoto em 2008 representava 42%, enquanto no Brasil esse percentual ficava em 38%. Ceará e Brasil se equivalem no item disposição final inadequada de resíduos sólidos: 33%.

Coleta

O estudo, esclarece a Assessoria de Comunicação da ANA, apresenta períodos de tempo diferentes para itens distintos, já que dependeu da coleta de dados. Uma notícia boa, comparando-se ao cenário nacional, é a que o Ceará usa menos agrotóxicos que muitos outros estados do País. Tanto que o consumo desses produtos por área plantada, em 2010 ficou em 0,32 quilos por hectares, enquanto no País registrou-se 5,18 kg/ha.

A comparação, também, é positiva acerca do consumo de fertilizantes por área plantada. Em 2011, foram 6kg/ha contra 171 kg/ha em âmbito nacional. "O relatório permite a identificação dos desafios e a partir daí podem ser traçadas as alternativas", lembrou a assessoria da Agência.