domingo, 3 de junho de 2012

A festa do padroeiro de Quixeramobim, glorioso Santo Antônio, neste domingo dia 03



A festa do padroeiro de Quixeramobim, glorioso Santo Antônio, neste domingo dia 03
Fotos  Valmir
Fotos  Valmir
Fotos  Valmir

Seca no Município de Milhã no Ceará

Seca no estado do Ceará atingem Milhã e é um dos municípios mas castigado pela falta de chuva nesse ano de 2012.

Fotos  Valmir

DCego Aderaldo: O Cantador e o Mito: doc revive a história do herói nacional


Contando com imaginação e carinho pelo homenageado, este belo documentário nos mostra como, das situações mais adversas possíveis, pode surgir um homem com um talento inimaginável.
Em 1878, no Crato, nasceu Aderaldo Ferreira de Araújo, o homem que viria a ser conhecido posteriormente como Cego Aderaldo. Criado na cidade de Quixadá, Aderaldo sofreu diversas provações em sua vida, perdendo o pai e sua visão ainda na juventude. Isso, no entanto, foi só o começo de sua história, que culmina em sua consagração como um dos baluartes da cultura do nordeste brasileiro.
A fascinante história do Cego Aderaldo, grande expoente da cantoria poética nordestina na primeira metade do século XX, é exposta para o público pela ótica peculiar do cineasta cearense Rosemberg Cariry neste documentário “Cego Aderaldo – O Cantador e o Mito”.
Acometido pela cegueira e pobreza durante sua juventude, Aderaldo não deixou que essa triste condição o abalasse. De uma vida repleta de provações, surgiu um grande campeão da arte, capaz de transformar seus dissabores e alegrias em uma inspiradora poesia. A importância e a influência de suas obras era tal que, quando em idade avançada, suas viagens às capitais eram manchetes de jornais.
Para compor o longa, Cariry tinha de vencer um obstáculo complicado: a parca quantidade de materiais de arquivo sobre Aderaldo. Muitas das informações sobre ele sobreviveram esses quase cem anos apenas por meio de fontes orais, misturando um pouco fato e lenda. O diretor, então, buscou certa inspiração no biografado e usou sua imaginação para sair do proverbial escuro.
Somos então levados para uma viagem de 78 minutos pela vida pessoal e artística de Aderaldo, isso por meio de uma inteligente mistura de raríssimos materiais de arquivo, entrevistas com aqueles que foram tocados pelo poeta, breves trechos docudramáticos e utilização lírica de filmes clássicos de diretores como Luís Buñuel e F.W. Murnau.
A utilização de breves momentos de fitas como “Um Cão Andaluz” e “Fausto”, embora cause certo estranhamento inicial, logo este se justifica. Afinal, Aderaldo não apenas desempenhou papel significante para o reconhecimento e a evolução das canções e poesias típicas do nordeste, mas também para a expansão do cinema pelo interior da região, levando salas de projeções itinerantes e atuando como explicador, sendo, apesar de sua deficiência, um entusiasta da então nova mídia.
A despeito de ter caído em um relativo esquecimento junto ao público dos grandes centros urbanos, o Cego Aderaldo é um dos grandes heróis do nordeste brasileiro, formando um verdadeiro triunvirato ao lado de nomes como Padre Cícero e Lampião, com quem teve relações de amizade e protagonizam um dos momentos mais marcantes da película.
As entrevistas não só conseguem expor muito bem quão influente o homenageado é, como também nos mostram um pouco de sua privacidade. Desnecessário falar da trilha sonora que traz os versos e desafios de Aderaldo muitíssimo bem interpretados, para o deleite de novos e antigos admiradores.
Nada mais justo que o cinema prestar a devida homenagem a este verdadeiro titã da cultura, cuja generosidade o fez adotar 26 filhos e partilhar com o mundo seu talento. Sua história sobreviveu e ganhou contornos de mito graças à tradição dos contos orais e dos cordéis, tendo este ótimo filme resgatando-a para uma nova geração.
“Meus prantos se enxugaram.
Das lágrimas que corriam
Chegou-me a poesia
E eu me consolei.
Sem pai, sem mãe, sem Vista,
Meus olhos se apagaram;
Tristonhos se fecharam
E eu nunca mais chorei”
(Trecho de “As TrêsLágrimas”, de Cego Aderaldo)
Esse filme fez parte da programação do 22º Cine Ceará, em junho de 2012.
___Thiago Siqueira é crítico de cinema do CCR e participante fixo do RapaduraCast. Advogado por profissão e cinéfilo por natureza, é membro do CCR desde 2007. Formou-se em cursos de Crítica Cinematográfica e História e Estética do Cinema.


 
Com informação do Jornal Diário do Nordeste – Regional – Alex Pimentel.
Crisanto Teixeira – Historiador – Jornalista e Radialista.

Os moradores do Assentamento Umarizeiras, uma comunidade situada na localidade de São João dos Guerra, a mais de 40Km do Centro de Madalena, no Sertão Central, estão preocupados com a preservação da Casa de Pedra, um conglomerado de cavernas naturais existente naquela área rural, concedida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a famílias de lavradores ali residentes. O lugar, considerado por muitos a principal atração turística do Município, mesmo distante das principais rodovias da região, está atraindo cada vez mais visitantes, na maioria, jovens. Mas quando saem deixam rastros de sujeira e cicatrizes no exótico patrimônio natural, ainda pouco conhecido. 

Uma das principais preocupações é com a pichação das rochas. Como não conhecem a formação dos minerais não sabem se as marcas podem ser raspadas sem danificá-las. Das declarações de amor a propagandas políticas, as manchas do descaso com a natureza estão se multiplicando nas paredes de pedra. Tem até mensagens religiosas. Alguns começaram a levar alguns pedaços de minerais como suvenir. Em troca, costumam deixar lixo espalhado. Para dificultar ainda mais a preservação, as correntes de ar arrastam sacos plásticos e até as garrafas pets para locais de difícil acesso.

A presidenta da Associação Comunitária dos Produtores de São José dos Guerra, professora Jovina Oliveira Celestino, considera o turismo ecológico muito importante. "A Casa de Pedra é um dos lugares ideais para esse tipo de atividade. Mas deve ser realizado com responsabilidade. Os visitantes são bem vindos, mas é preciso organizar, orientar e conscientizar quem parte de longe para conhecer o lugar, os seus mistérios e manter um inesquecível contato com a natureza". Por isso, a Associação pretende cercar todo o entorno das cavernas e coordenar as visitas. Os grupos serão acompanhados de guias da comunidade.

A ação conta com a parceria do Centro Cultural de Arte Popular e Apoio ao Desenvolvimento Educacional e Social (CCAP Brasil), uma Organização Não Governamental (ONG) fundada há quase 20 anos na vila de São José da Macoaca, também em Madalena. Para a presidenta da CCAP Brasil, a psicóloga Célia Leite, o incremento proposto viabilizará o lazer de qualidade, a interação com outras comunidades e também a geração de renda para os moradores da circunvizinhança do parque geográfico. O lugar também é ideal para a realização de pesquisas de campo, científicas e históricas. Ainda falta muita coisa a explorar, mas sem dúvida é necessário ter controle, caso contrário o patrimônio natural estará comprometido, acrescenta.

As anfitriãs têm razão. Um dia de caminhada não é suficiente para conhecer a Casa de Pedra, como o recanto ficou conhecido por possuir vários salões, alguns deles semelhantes a ambientes bem familiares, com mesa e cadeiras, de pedras. A arquitetura natural deslumbra qualquer aventureiro. Mas é preciso ter disposição e usar calçados, roupas e equipamentos adequados para montanhismo. Além dos caminhos, os mais dispostos poderão escalar os rochedos. A flora e a fauna são atrações à parte. Morcegos, cobras e até onças aparecem de vez em quando. Por isso é preciso estar acompanhado de quem conhece os segredos da vivenda natural.

Quem nasceu e vive no lugar estima uma área superior a 7Km de extensão de labirintos rochosos formados ao longo de milhares de anos. Mas ninguém sabe ao certo quantas cavernas existem naquele espaço geográfico. Certos mesmos apenas os salões da "Princesa", dos "Namorados" do "Boi" e de "Nossa Senhora". Não bastassem todas essas riquezas, algumas inscrições rupestres já foram encontradas nas galerias naturais de São João dos Guerra, garante o acadêmico de História Valquimar de Oliveira. Resta, porém, o interesse de especialistas em aprofundar as pesquisas. Por enquanto apenas curiosos têm explorado as esculturas naturais.

Como chegar


Segundo os antigos da região, os tropeiros utilizavam o caminho da Casa de Pedra para seguir de Quixeramobim (antigo Campo Maior) a Santa Quitéria. Nos dias atuais, para chegar até lá é preciso invadir o Município de Itatira. Quem parte de Fortaleza, da Igreja Sagrado Coração de Jesus, são 176km pela BR-020, até a Vila São José da Macaoca. À direita, são mais 28Km de asfalto, pela CE-366, até Lagoa do Mato, em Itatira. Dali até o destino final é preciso percorrer mais 17km, de estrada carroçável. A Casa de Pedra é na antiga caieira do lugar, área de limite entre Itatira e Madalena, mas é patrimônio deste último Município.

Patrimônio

"Temos um valioso tesouro em nossas mãos, mas para ele não perder a sua riqueza é preciso conservá-lo"

Jovina Oliveira Celestino
Professora

"É importante as pessoas terem a consciência de preservar este lugar porque ainda resta muita coisa a ser explorada"
Valquimar de Oliveira
Acadêmico de História

Mais informações
Associação Comunitária dos Produtores de São José dos Guerra
Assentamento Umarizeiras / Madalena - Ceará
(85) 9244.7198

Mitos e mistérios do imaginário

Madalena. Além de suas riquezas naturais, a Casa de Pedra possui outros atrativos muito peculiares. Um deles é um místico portal de acesso ao lugar, o "cemitério de anjinhos". De acordo com os moradores mais antigos, o campo-santo, com algumas cruzes de madeira, recebe esse nome porque era costume sepultar os recém-nascidos, mortos antes de serem batizados, fora dos cemitérios. Eram considerados anjinhos.

O conjunto de galerias formadas pela natureza deslumbra os visitantes da Casa de Pedra. Ao mesmo tempo é possível contemplar a geografia, a flora e a fauna

Muitos morriam de diarreia nos primeiros meses de vida. Quem ousasse em desrespeitar as leis da Igreja Católica era amaldiçoado. O costume se preservou por décadas. Ainda hoje ocorrem sepultamentos ali, segundo afirma a professora Jovina Celestino.

Fatalidade

Na década de 1950 aconteceu uma fatalidade ao lado do parque santo. No mesmo espaço havia uma caieira em plena atividade. Certo dia um trabalhador caiu dentro do forno. Era o jovem Miguel. Ele havia trocado a escola pela caieira para ajudar no sustento da família, lembra o sobrinho José Mauro de Moraes Campos, hoje com 53 anos. Ele também mora nas imediações da Casa de Pedra. Desde criança, José Mauro tem ouvido falar histórias sobre o operário "sacrificado" na caieira.

Milagres

Com o passar dos anos, os mais religiosos começaram a pedir milagres no local onde o jovem deu seu último suspiro. Para muitos ele foi sepultado ali, onde está cravada a maior cruz, ao lado da caieira. As preces começaram a ser atendidas e a crença no operário santificado pelo povo se fortaleceu e se espalhou.

A cada dia aumenta o número de peregrinos, parte deles são estudantes como ele, em busca de sucesso nos estudos. Essas manifestações levaram a comunidade a tomar mais uma decisão. Os moradores, juntamente com a Organização Não Governamental (ONG) Centro Cultural de Arte Popular e Apoio ao Desenvolvimento Educacional e Social (CCAP) Brasil, pretendem erguer naquele local a capela de São Miguel Arcanjo, e transformá-lo em um espaço ecumênico e de meditação.

Mas se do lado de fora podem contar com um santo, do lado de dentro tem muita assombração. Quem mora próximo à Casa de Pedra já ouviu gritos e gemidos saindo de lá. Alguns acreditam serem de almas penadas, outros, coisa sem explicação mesmo.

De certo poucos se aventuram em adentrar ali ao escurecer. Se não houver nenhum fantasma ou coisa do além pode der gente do mal. "Certa vez um bando de assaltantes utilizou as grutas como esconderijo. A polícia cercou o local, mas quando entraram nas cavernas não encontraram nada. Os criminosos desapareceram, sem deixar rastros". Existe ainda a lenda da princesa do sorriso prateado. Ouvir falar mal dela ninguém ouviu, até porque quem teve a oportunidade de se deparar com o misterioso vulto não esperou para ver direito. Mas para os mais céticos trata-se apenas de um efeito visual, provocado pelas frestas de luz a determinada hora do dia nos rochedos do salão onde ela teria sido vista. Dependendo do ângulo, quando alguém caminha sobre as rochas, ao ser atingido pelos raios solares, o corpo parece reluzir. Por esse motivo o lugar ficou conhecido como "salão da princesa prateada".

Fundo de verdade
Nessas histórias Antônio Celmino Oliveira não acredita. Ele também não acreditava na lenda da botija. Ainda criança ouvia os pais falarem num andarilho misterioso. Teria escondido um vaso de metal, contendo moedas de ouro, num dos salões da Casa de Pedra. Alguns até falavam em uma extensa corrente do metal nobre, de ouro, até atravessava a estradinha ao lado. Não conseguiu pegar um pedaço dela não, mas guarda com carinho uma das moedas encontradas por ali, de 400 Réis, segundo ele, de prata. "Moro aqui há 20 anos. Ao longo dos anos as pessoas podem ter exagerado, mas com certeza esses contos devem ter um fundo de verdade".

Susto

Mas é sentar um pouco no batente do alpendre da morada de João Bernardo Barbosa, 72 anos, outro vizinho da Casa de Pedra, para voltar a se assustar novamente ou no mínimo se impressionar com os causos de assombração. Mas para ele visão tem em todo canto. Certa vez, estava fazendo caçada quando seu cachorro adentrou nas locas atrás de um tatu. Para sua surpresa passou a ouvir um galo cantando. Era meia-noite, mas mesmo assim tomou coragem e entrou também. Não encontrou mais nada. Nessas horas todo mundo se assusta. Se ainda está vivo para contar essas histórias é porque não lhe fizeram nenhum mal. Mesmo assim ele não recomenda adentrar nas locais, principalmente em noite sem lua. No escuro o susto é maior, alerta.

Moradores

104 famílias moram no Assentamento Umarizeiras. Para quem quer visitar a Casa de Pedra, 221Km é a distância rodoviária de Fortaleza até o local

Mais informações

CCAP Brasil
Rua Raimundo Silva Sousa S/N
Vila de São José da Macaoca - Madalena
(85) 9664.4422
Com informação do Jornal Diário do Nordeste – Regional – Alex Pimentel.
Crisanto Teixeira – Historiador – Jornalista e Radialista.
Fotos  Valmir

AGRICULTOR MORRE VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO EM QUIXERAMOBIM




A polícia de Quixeramobim registrou na manhã deste domingo, 03, a morte de um agricultor na localidade de cupim, distrito Sede Rural, a 4 km da sede do município.

O fato aconteceu por volta das 08h45min, quando através de uma ligação para o Copom, a polícia foi informada de que um agricultor havia tomado uma descarga elétrica após tentar ajeitar um motor utilizado para irrigação em um terreno agricultor na localidade de cupim, e que populares haviam socorrido o mesmo para o hospital desta cidade. A vítima ainda chegou com vida ao hospital, mas veio a óbito logo em seguida. O agricultor Manoel Moreira Maia, conhecido como Nelsinho, tinha 59 anos e era bastante conhecido no município de Quixeramobim.  Natural de Quixadá residia atualmente no bairro duque de Caxias.

MAIS INFORMAÇÕES
Delegacia de Polícia Civil de Quixeramobim
Rua Dr. Miguel Pinto, 100
(88) 3441-0302

POR FERNANDO IVO    

FÉ E TRADIÇÃO: MISSA DO VAQUEIRO É CELEBRADA NAS FESTIVIDADES DE SANTO ANTONIO


Pelo sétimo ano consecutivo a cidade de Quixeramobim manteve a tradição em dedicar uma missa aos vaqueiros da região durante as festividades do padroeiro Santo Antonio.

A celebração aconteceu na Praça Dias Ferreira e contou com a presença de mais de 200 vaqueiros de toda a região. Padre Adauto, foi o responsável pela celebração eucarística pelo terceiro ano consecutivo. Amante da cultura nordestina e fã do eterno “Rei do Baião”, Padre Adauto aproveitou para cantar musicas de Luiz Gonzaga, o grande responsável pela realização da primeira missa do vaqueiro em 1970, juntamente com o Padre João Câncio celebrada no Sítio Lajes, em Serrita, no alto Sertão do Araripe, no estado de Pernambuco. Ao som de muita sanfona comandada pelos sanfoneiros Luis Paulo, Tênilson, Geraldo Ferreira, Elton Saraiva, os fiéis que acompanhavam a celebração se emocionavam relembrando épocas de sofrimento e alegrias registrados nas canções eternizadas na voz de Luiz Gonzaga, que teve seu centenário lembrado pelo Padre responsável pela celebração.

Em Quixeramobim, a missa foi iniciada na gestão da ex-secretária de Cultura do município, Terezinha Oliveira, que faz parte do Fã Clube “Viva o Rei Luiz Gonzaga”, ao qual através da paixão pela cultura nordestina e pelo Rei do Baião, tomou a iniciativa e em 2006 realizou a primeira celebração em homenagem aos vaqueiros da região.

CONFIRA OS VIDEOS DAS MÚSICAS "ASA BRANCA", DE HUMBERTO TEIXEIRA E LUIZ GONZAGA, GRAVADA EM 1947, E "SÚPLICA CEARENSE", DE GORDURINHA E NELINHO, GRAVADA EM 1984 PELO REI DO BAIÃO LUIZ GONZAGA CANTADA NA VOZ DO PADRE ADAUTO FARIAS DURANTE A CELEBRAÇÃO .

POR FERNANDO IVO
FOTOS E VIDEOS: osertaoenoticia.com