segunda-feira, 30 de julho de 2018

Um em cada três estabelecimentos do campo no Ceará usa agrotóxico


Dos mais de 390 mil estabelecimentos agrícolas do Ceará, 128 mil (um terço do total) admitem fazer o uso de agrotóxico na produção, conforme o Censo Agropecuário, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros 11 mil pontos de produção afirmaram que não precisaram usar agrotóxico no período da pesquisa, em 2017; e 251 não fazem uso.

Os números mostram que a área total ocupada no Ceará reduziu desde 1975, devido ao êxodo de parte da população, que migrou do campo para os espaços urbanos.

No mesmo período, graças ao avanço tecnológico e de técnicas de plantio e colheita, a produção de alimentos cresceu em todo o estado.

As terras ocupadas ao agronegócio no Ceará são utilizadas principalmente para pastagem. São 2,3 milhões de hectares a serviço da alimentação animal, conforme o estudo do IBGE. Já matas e florestas são responsáveis por 1,7 milhão de hectares.

Uso de máquinas
A pesquisa revela a redução no número de trabalhadores nas propriedades, enquanto cresce o de máquinas, num processo de substituição do homem por equipamentos tecnológicos. "Conforme há uma mecanização dos processos, o número de pessoal ocupado vai diminuindo, assim como ocorreu em outros setores", explica Antonio Florido, coordenador do Censo.

Em 11 anos, os ocupados nos estabelecimentos agropecuários em todo o Brasil diminuíram em 1,5 milhão de pessoas. No ano passado, eram 15 milhões de trabalhadores nessas propriedades.

Já o número de tratores cresceu 49,7% no período, totalizando 1,22 milhão de unidades em 2017. Os estados da região Norte lideraram a alta. Amapá e Roraima tiveram crescimento de 304% e 293% no número de tratores existentes nas propriedades entre 2006 e 2017. (Do G1- Ce)