segunda-feira, 10 de junho de 2019

Carro cai num açude em Barro e quatro morreram no retorno de uma festa


Três jovens garotas e um rapaz morreram numa tragédia por volta das 21 horas deste domingo no açude do Sítio Balsas na localidade do mesmo nome na zona rural de Barro. O motorista de um Fiat Siena de cor preta trafegava pela estrada vicinal quando passou direto numa curva e ainda percorreu cerca de 10 metros antes de cair dentro do reservatório.

No momento em que o carro estava submergindo uma das cinco ocupantes conseguiu sair do veículo e escapou no caso Amanda Duarte Teles, de 20 anos, residente no bairro Trajano Nogueira. Desesperada ela pediu ajuda e, imediatamente, populares mergulharam nas águas para retirar os outros quatro e alguns ainda estavam agonizando.

Todos foram levados ao Hospital Santo Antonio de Barro, mas já chegaram sem vida no caso o motorista Pedro Damião Júnior, de 27 anos, que residia em Cachoeira dos Índios (PB); Valéria Araruna da Silva, de 31, Jandira Barbosa de Freitas, de 23, a “Janny”, e sua irmã Josenira Barbosa de Freitas, de 22 anos, a “Josy”. Essas três garotas moravam no bairro Trajano Nogueira em Barro.

Os jovens procediam de uma festa de cavalgada que aconteceu no Sítio Balsas quando se envolveram no acidente. O carro ainda está dentro do açude e vai ser periciado. Policiais militares do Destacamento de Barro estiveram no local e adotando as providências, enquanto os corpos foram recolhidos pelo rabecão para serem necropsiados na Perícia Forense de Juazeiro.




Por Demontier Tenório - Miséria.com.br

Camilo vai lançar novo pacote de investimentos na área da Segurança


O governador Camilo Santana (PT) já autorizou e lançará, em breve, mais um pacote de investimentos para reforçar a segurança pública do Ceará. O pacote prevê a construção e restauração de delegacias e quartéis, aquisição de equipamentos como armas pesadas, munição, coletes e novas viaturas.
Todas as corporações (PM, Polícia Civil, Bombeiros e Pefoce) serão beneficiadas. No caso do Corpo de Bombeiros, Camilo autorizou a compra de vários equipamentos para garantir a segurança de banhistas nas praias e em áreas turísticas de todo o Estado. Outra área que ganhará forte investimento será o setor de tecnologia e inteligência.
Embora satisfeito com os resultados que mostram o Ceará com a maior redução de violência do País, Camilo diz que não há tempo para comemorações.
(Coluna do Eliomar de Lima, no O POVO 

Chuvas irregulares provocam queda na colheita de grãos no Ceará



No início de cada ano, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) faz uma estimativa da colheita dos grãos ao fim da quadra chuvosa. Em 2019, o resultado verificado ao fim do período de chuvas ficou aquém da expectativa, que era de atingir 653 mil toneladas, um dos melhores índices já ansiados no Ceará.

A irregularidade das precipitações, de forma espacial e temporal entre fevereiro e maio, resultou em perda para a safra de grãos. Os fatores que ocasionaram esse cenário estão relacionados com a chuva. Na região Norte (Ibiapaba, Sobral e Baixo Acaraú) os prejuízos foram causados por excesso de precipitações. No Sertão Central, Inhamuns, Centro-Sul e Cariri, por escassez de água.

Frustração

"Se não fossem os veranicos, teríamos uma das maiores safras da história do Ceará", pontua o titular da SDA, De Assis Diniz. A agrônoma da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Gecilda Correia Nunes, que faz o relatório sobre a situação de produção da safra de grãos de sequeiros, descreve a frustração no plantio. "Neste ano, tivemos perda média, até o momento, de 25,84% em relação ao esperado no início do ano", pontuou. Esse indicador pode chegar, após a finalização do relatório, à marca de 30% de perda, se comparado ao prognóstico do início do ano.

A região do Cariri foi uma das que registraram maior índice de perda. Em Brejo Santo, por exemplo, a frustração da safra de milho chega a 87% e de feijão de corda, 65%. Já em Jardim, no extremo Sul do Ceará a média de perda é de 90%. "Tivemos uma perda significativa", observou o gerente regional da Ematerce, José Dias Ferreira. "Foi um desastre".

No Cariri, as chuvas chegaram tarde, a partir da segunda quinzena de março. O agricultor Francisco Lima plantou três hectares de milho e feijão na localidade de São Felipe.

"O inverno atrasou muito e perdi praticamente tudo", disse. "Não tirei cinco sacas de 60 quilos no todo". O presidente da Ematerce, Antônio Amorim, destacou o prejuízo econômico para a região. "No Cariri, que historicamente tem larga produção de grãos, as perdas foram muito elevadas e isso vai impactar a economia local, com menos dinheiro circulando nas cidades", avaliou.

No Médio Jaguaribe, a perda média estimada de grãos é de 10%. Em Alto Santo, chega a 23% a frustração de safra. "A cultura do milho foi a mais afetada", disse João Alves de Menezes, coordenador regional da Ematerce em Jaguaribe.

Nas regiões Jaguaribana e no Centro-Sul cearenses, a maior dificuldade é a escassez de água nos açudes. "Não tivemos recarga nenhuma", disse Menezes. Em Iguatu, a perda média de milho é de 27% e a de feijão 22%, mas em Quixelô é mais elevada: milho chega a 35% e feijão, 27%. "Os técnicos estão em campo avaliando a situação após a quadra invernosa, por isso que os dados ainda são parciais", explicou o gerente local da Ematerce, Erivaldo Barbosa. "As chuvas foram muito irregulares e há distritos com perdas muito elevadas, como a região de Riacho Vermelho".

Outros municípios da região, como Quixeramobim, Quixadá, Solonópole, Piquet Carneiro e Mombaça, apresentaram perda média de 20% nas duas principais culturas: milho e feijão-de-corda. "Tivemos dois grandes veranicos que impediram o crescimento do plantio", observou o gerente regional da Ematerce, Francisco Albany Rolim. "E a situação mais complicada é a falta de água nos açudes".

Excesso de água

Gecilda explica que o excesso de chuva provoca queda das flores e apodrece os grãos, contribuindo para a perda da lavoura. "Em pelo menos nove das 18 regiões do Estado, tivemos veranicos e isso afetou o desenvolvimento do plantio", explicou. "Na região do Baixo Acaraú houve perda porque choveu muito".

O gerente local da Ematerce em Tianguá e em Viçosa do Ceará, na região da Ibiapaba (Serra Grande), Anselmo da Cruz Filgueira, explicou que não haverá perda para o milho. Mas, para o cultivo de feijão, a safra prevista inicialmente deve cair em torno de 30%.

Em Tianguá, por exemplo, a média pluviométrica é de 1.200 milímetros, mas foram observados, durante a quadra chuvosa, 1.500mm. O mesmo ocorreu nas regiões de Acaraú e Coreaú: frustração de safra em decorrência do excesso de umidade no solo. "As plantas ficam apodrecidas", frisou Filgueira. Em Apuiarés, os agricultores reduziram as suas áreas, pois ficaram temerosos de que o feijão viesse apodrecer devido ao excesso de chuvas. "Poderíamos ter uma safra bem melhor, mas houve irregularidade, veranicos e até perda por excesso de água", pontuou Amorim.

Fonte: Diário do Nordeste

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"Seguro obrigatório DPVAT deve ser extinto
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Foto: Divulgação
O seguro obrigatório DPVAT, que cobre lesões e mortes em acidentes de trânsito, pode estar com os dias contados. A nova superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Vieira, declarou favorável ao fim do modelo atual de cobrança.

Segundo ela já foram identificados alguns problemas no sistema, com um índice elevado de denúncias, além do funcionamento sobre uma estrutura de monopólio.

"Isso nos dá uma sensação de desconforto e estamos pensando em como podemos regular um novo modelo que atenda melhor a população", ressaltou a superintendente, que assumiu a autarquia há dois meses.

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Solange informou que houve uma convocação da Câmara dos Deputados para discutir o assunto nos próximos dias e a Susep participará para tornar a discussão pública.

O 'Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres', abreviado para DPVAT, é pago anualmente por todos os proprietários de veículos. Ele é administrado por um consórcio de seguradoras privadas, apesar de ser uma taxa cobrada pelo poder público.

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O nome desse consórcio é Seguradora Líder, e atrás dela estão gigantes como Bradesco, Porto Seguro, Caixa Seguros e Banco do Brasil, entre outras.

“Ele tem um alto índice de reclamações e cria uma série de problemas por ser um monopólio”, afirmou a superintendente. O órgão é o regulador das seguradoras no Brasil e está em posição de exigir mudanças no seguro obrigatório.

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O fim do DPVAT não significa o fim da cobertura a vítimas de acidente de trânsito, mesmo a de pedestres não habilitados a dirigir. A alternativa que se busca seria desarticular o monopólio que fica sob controle da Seguradora Líder, que foi alvo de investigação da Polícia Federal sob a acusação de fraudes (leia mais abaixo)

Solange Vieira apontou como uma possibilidade a livre escolha do dono do veículo para contratar a seguradora para esse fim, como ocorre em outros países.

O que diz a Seguradora Líder

A Seguradora Líder disse que “acredita que o atual modelo de operação e gestão do Seguro DPVAT pode, e deve, ser aperfeiçoado”.

A partir de um estudo da McKinsey & Company, que analisou o seguro de acidentes de trânsito em 36 países, “foi produzido um documento com 19 propostas para o aprimoramento do modelo de gestão do Seguro DPVAT e encaminhado à Susep, assinado conjuntamente com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) e a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

A Líder propõe, por exemplo, que a indenização máxima passe de R$ 13.500 para R$ 25.000. A revisão dos valores do Seguro DPVAT depende de mudança na legislação, uma vez que são definidos pelas leis 6.194/1974 e 11.945/2009.

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Segundo a empresa, os valores das indenizações para as três naturezas cobertas pelo Seguro (morte, invalidez permanente – total ou parcial – e despesas médicas e suplementares) não são reajustados há mais de 12 anos.

Além disso, a Seguradora integra a comissão especial criada pela Susep com o intuito de debater melhorias no atual modelo do seguro obrigatório de acidentes de trânsito do Brasil. Foram realizados diversos encontros e um relatório preliminar já foi disponibilizado no site da Susep.

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Fraudes alcançaram R$ 4,8 bilhões

A Operação Tempo de Despertar, da Polícia Federal, revelou fraudes no Seguro DPVAT. Segundo a investigação, foram arrecadados R$ 4,8 bilhões indevidamente pelo Estado para o conglomerado de empresas privadas que compõe o consórcio.

Também se descobriu uma complexa cadeia, com diversos atores diferentes, operando um esquema de desvio das verbas a partir de pedidos falsos de indenização.

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O resultado dessas apurações teriam resultado em três anos de quedas consecutivas nos prêmios cobrados pelo seguro - 37% na média em 2017; 21%, em 2018 e 63,3% em 2019. Dependendo da categoria, a redução chegou a 79% neste ano.

Já o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) justificou no fim ano passado que a forte queda dos prêmios tarifários se deve ao fato de o valor de recursos acumulados em reservas ter sido superior às necessidades de atuação do Seguro DPVAT. E também pelo combate sistemático às fraudes realizado pela própria Seguradora Líder.

À época, o Ministério da Fazenda, do qual faz parte o CNSP, informou que são pagos R$ 2 bilhões de indenizações de DPVAT por ano no Brasil.

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