No intervalo de um ano, o Ceará perdeu 494 hectares (ha) de mata atlântica, mais especificamente do ecossistema associado restinga, encontrado em áreas litorâneas, de acordo com estudos realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os municípios mais afetados do Estado foram Trairi, Amontoada e Aquiraz, com 259 ha, 71 ha e 57 ha de supressão respectivamente, considerado o maior índice de desmatamento em todo o Brasil.
"Existem algumas hipóteses para o desmatamento, mas acredito que os grandes problemas são a especulação imobiliária e o crescimento da Região Metropolitana de Fortaleza", relata o professor do Doutorado em Geografia Física - Mudanças Ambientais, Jeovah Meireles.
A restinga é definida como um terreno arenoso e salino, perto do mar e coberto de plantas herbáceas características. Possui influência marítima ou de fluvio-marinha, e é possível encontrá-la em quase toda parte da costa cearense.
O professor explica que a eliminação da vegetação traz danos para a população e para a biodiversidade do local. "Poderá ocorrer a salinização de lençóis freáticos, o que acarreta na extinção de lagos. As aves também sofreram com a perda de área, assim como as zonas de recargas dos aquíferos. Além disso, a perda da restinga provoca erosão no solo, danos na paisagem litorânea a médio e longo prazo".
A restinga é um ecossistema associado à mata atlântica e também é protegido pela Lei nº 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma mata atlântica em todo o território nacional.
"A restinga é extremamente importante, enquadra-se como patrimônio nacional. Tem muita riqueza em termos de diversidade e fisionomia do ecossistemas, ela garante o equilíbrio ambiental", explica Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
Ela também afirma que os estudos divulgados ontem desconhecem as causas do desmatamento, mas, no próximo semestre, serão levantados os motivos que causaram essa situação. "Precisamos saber qual foi a finalidade do desmatamento e ter conhecimento de quais foram as áreas devastadas".
Ainda segundo Hiroto, é quase impossível recuperar os locais afetados pelo problema, a melhor solução a se tomar é manter as zonas restantes e as preservar.
Florestas nativas
Mas quando analisadas apenas as florestas nativas, o Ceará é o segundo estado com menor índices de desflorestamentos, ocupando o 16º lugar, entre as 17 posições no ranking nacional. Foram comparadas as áreas entre os anos de 2012-2013 com os de 2011-2012.
"Já temos um avanço se comparados com outros estados, um ponto positivo para o Ceará. As serras unidas, como em Baturité, Maranguape e Guaramiranga, quase não sofreram com o desmatamento", afirma Tereza Farias assessora de projetos especiais do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Ceará (Conpam).
O Conpam realiza projetos de educação ambiental com a população para a conscientização sobre a importância da vegetação local, além de também fazer reflorestamento o que auxilia nesse número tão baixo se comparado com o restante do País.
Em 2012, o Ceará conta com uma área total de 64.249 mil Km² de mata, o que representa 7,4% do seu total. A restinga ocupa 43.408 mil Km². (Fonte: Diário do Nordeste)
"Existem algumas hipóteses para o desmatamento, mas acredito que os grandes problemas são a especulação imobiliária e o crescimento da Região Metropolitana de Fortaleza", relata o professor do Doutorado em Geografia Física - Mudanças Ambientais, Jeovah Meireles.
A restinga é definida como um terreno arenoso e salino, perto do mar e coberto de plantas herbáceas características. Possui influência marítima ou de fluvio-marinha, e é possível encontrá-la em quase toda parte da costa cearense.
O professor explica que a eliminação da vegetação traz danos para a população e para a biodiversidade do local. "Poderá ocorrer a salinização de lençóis freáticos, o que acarreta na extinção de lagos. As aves também sofreram com a perda de área, assim como as zonas de recargas dos aquíferos. Além disso, a perda da restinga provoca erosão no solo, danos na paisagem litorânea a médio e longo prazo".
A restinga é um ecossistema associado à mata atlântica e também é protegido pela Lei nº 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma mata atlântica em todo o território nacional.
"A restinga é extremamente importante, enquadra-se como patrimônio nacional. Tem muita riqueza em termos de diversidade e fisionomia do ecossistemas, ela garante o equilíbrio ambiental", explica Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
Ela também afirma que os estudos divulgados ontem desconhecem as causas do desmatamento, mas, no próximo semestre, serão levantados os motivos que causaram essa situação. "Precisamos saber qual foi a finalidade do desmatamento e ter conhecimento de quais foram as áreas devastadas".
Ainda segundo Hiroto, é quase impossível recuperar os locais afetados pelo problema, a melhor solução a se tomar é manter as zonas restantes e as preservar.
Florestas nativas
Mas quando analisadas apenas as florestas nativas, o Ceará é o segundo estado com menor índices de desflorestamentos, ocupando o 16º lugar, entre as 17 posições no ranking nacional. Foram comparadas as áreas entre os anos de 2012-2013 com os de 2011-2012.
"Já temos um avanço se comparados com outros estados, um ponto positivo para o Ceará. As serras unidas, como em Baturité, Maranguape e Guaramiranga, quase não sofreram com o desmatamento", afirma Tereza Farias assessora de projetos especiais do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Ceará (Conpam).
O Conpam realiza projetos de educação ambiental com a população para a conscientização sobre a importância da vegetação local, além de também fazer reflorestamento o que auxilia nesse número tão baixo se comparado com o restante do País.
Em 2012, o Ceará conta com uma área total de 64.249 mil Km² de mata, o que representa 7,4% do seu total. A restinga ocupa 43.408 mil Km². (Fonte: Diário do Nordeste)
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