O governador Cid Gomes-Pros (foto) jogou para hoje a decisão de renunciar ou não ao cargo, em favor do secretário da Saúde do Estado, Ciro Gomes (Pros). A expectativa era de que, na inauguração, ontem, de uma policlínica em Limoeiro do Norte, o chefe do Palácio da Abolição desse alguma pista a respeito da definição, mas ficará tudo para hoje. Apesar de toda a expectativa da imprensa, Cid disse que somente após reuniões ao longo do dia de hoje é que tomará uma decisão e anunciará aos cearenses.
“O melhor para o Ceará é o Cid ficar no governo”, afirmou Ciro. No último dia do prazo para deixar cargo público e concorrer às eleições de outubro vindouro, Ciro disse, ainda, que não tem medo de ficar inelegível, já que no momento, agora, “o mais importante é não deixar o Ceará cair na mão de um aventureiro”. Ciro, garante o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (Pros), insiste em descartar qualquer possibilidade de se candidatar ao Senado Federal.
Indisposição
Em sua chegada ao local da policlínica – e Cid chegou dirigindo o próprio carro trazendo, de carona, além de Zezinho, o vice-governador Domingos Filho (Pros) – o atual chefe do Executivo foi ovacionado pela população presente à inauguração. Ouvido pela reportagem, o deputado Mauro Filho, que também esteve em Limoeiro, disse que a aliança irá esgotar todos os prazos para até chegar a um acordo.
Todavia, no meio do discurso que fazia em prol da policlínica, Cid Gomes teve uma indisposição. O governador ajoelhou-se no palanque e, novamente em pé, tentou continuar o discurso, mas não conseguiu devido ao mal-estar. Em seguida, Cid foi amparado até uma ambulância do Samu, onde recebeu os primeiros atendimentos. Já medicado, Cid embarcou em um helicóptero de volta à Capital. Onde foi para sua residência descansar.
Sucessão
O espaço da sucessão ficará aberto, estando nas mãos de Domingos Filho a resolução do imbróglio. Nos bastidores, comenta-se que Domingos não pretende assumir a vaga de Cid, por desejo de disputar as eleições deste ano. Então, o cargo ficaria com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Gerardo Brígido, que deve convocar eleição em 90 dias para definir o governador que concluirá o mandato. Bom lembrar que Ciro, caso pretenda se candidatar, também terá que renunciar ao cargo de secretário de Saúde do Ceará.
Cid Gomes, durante todo o mandato, afirmou que gostaria de ficar até o último dia da gestão. A situação acirrou quando o senador Eunício Oliveira (PMDB), aliado de Cid, evidenciou desejo de disputar a chefia do Palácio da Abolição no pleito deste ano. Com a pré-candidatura do peemedebista sem apoio de Cid, o atual governador perderia um dos principais aliados e ainda teria tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV reduzido. Inclusive, a grande presença do governador no interior seria reduzida na eleição, já que Eunício tem influência em alguns municípios.
Reunião
Na última quarta-feira, Cid esteve reunido com integrantes do Pros para discutir o futuro da legenda nas eleições. Na lista, Ciro Gomes, Zezinho Albuquerque, Mauro Filho, Domingos Filho, Leônidas Cristino e Roberto Cláudio. Os aliados evitaram falar com a imprensa, após a reunião realizada a portas fechadas. Espera-se, então, que hoje sejam definidos os próximos passos da legenda.
Fonte: O Estado CE
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