segunda-feira, 9 de abril de 2018

Dono de campanha sólida, Ceará bateu o Fortaleza e se tornou bicampeão


Evilázio Bezerra
Com autoridade tática, técnica e um planejamento preciso da comissão liderada pelo treinador Marcelo Chamusca para utilizar um elenco que já atuou 28 vezes na temporada por três competições diferentes, o Ceará conquistou ontem o seu 45º título estadual.

Como no primeiro encontro da final, quarta-feira passada, o Alvinegro venceu o Fortaleza por 2 a 1 (Pio e Felipe Azevedo para o Ceará e Adalberto para o Fortaleza), em um Castelão com o maior público do ano. Assim, para 39.920 pagantes, o Ceará garantiu o bicampeonato cearense, já que bateu o Ferroviário em 2017.

A campanha do elenco comandado por Marcelo Chamusca foi marcada pela utilização de todo o grupo de atletas. Envolvido também na Copa do Brasil (foi eliminado pelo Atlético-PR) e na Copa do Nordeste (um dos favoritos ao título, vai enfrentar o CRB nas quartas de final), o Ceará escalou sua equipe reserva em 10 partidas do estadual.Mas, sempre que encontrava o Fortaleza pela frente, tratava de escalar o que tinha de melhor.

Assim, nos quatro confrontos diante do Tricolor na temporada deste ano, foram três vitórias e um empate, com sete tentos marcados e três sofridos. “Nossa campanha não deixa dúvidas de que fomos melhores. A diretoria e a comissão técnica, sabendo dessa realidade de muitos jogos, nos deram toda a condição de disputar as competições e montaram um grupo forte. Então, parabéns a todos que fazem o clube, sem exceção, que nos deram condição de representar essa camisa maravilhosa”, contou Ricardinho, que conquistou seu quarto título estadual pelo Ceará (2013, 2014, 2017 e 2018), o maior vencedor do atual elenco.

A conquista de ontem não foi acompanhada pelo técnico Marcelo Chamusca, que teve uma queda de pressão pouco depois do primeiro gol de Pio, marcado aos 18 minutos do primeiro tempo, e precisou de atendimento médico no vestiário. Havia a expectativa de Chamusca retornar para comandar o time no segundo tempo, mas, por recomendação médica, o treinador seguiu no vestiário e depois foi levado ao Hospital da Unimed por precaução. De lá, já em boas condições, participaria da comemoração do elenco em um restaurante no bairro Edson Queiroz.

A ausência de Marcelo Chamusca fez o auxiliar Caé Cunha assumir o comando do time no restante da partida, deixando evidente o entrosamento da dupla. “Sou auxiliar, mas fui treinador apenas hoje (ontem) e tudo deu certo porque o nosso trabalho é baseado em muito estudo e entrosamento. Não por acaso, já é o nosso terceiro título estadual em seis anos, além dos três acessos no Campeonato Brasileiro que tivemos nesse período”, disse, eufórico.

Os atletas do Ceará igualmente mostraram maturidade e um poder coletivo fundamental. Não é nada comum que um técnico deixe sua área por problemas de saúde, mas, ainda assim, mesmo sabendo que as condições de Chamusca não eram graves, os jogadores mantiveram o plano de jogo. Cada um colaborou na liderança conjunta, ao lado dos torcedores, sempre intensos. A comemoração do elenco do Ceará não vai durar muito. O maior desafio do clube em 2018, o Campeonato Brasileiro da Série A, terá início já no próximo sábado, às 21 horas.

Diante do Santos, em São Paulo, o elenco começa a traçar seu caminho em busca da manutenção na primeira divisão e de conquistar vaga nas competições da América do Sul. O presidente Robinson de Castro avisou: vai contratar cinco jogadores. O lateral direito Arnaldo é um deles. Os outros quatro são atletas velozes para o ataque.

(Do O Povo Online)

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