1 - Nem crianças nem adultos costumavam usar cinto de segurança quando andavam de carro. O equipamento só se tornou obrigatório a partir de 1997, com o Código Brasileiro de Trânsito.2 - Era normal crianças sentarem no banco da frente dos automóveis. Foi também com o Código que se determinou que elas deveriam andar no banco de trás até os dez anos. Em 2010, nova regra: até os sete anos e meio, deveriam se acomodar em cadeirinhas próprias. Segundo estudos americanos, com o uso adequado do dispositivo, a chance de sobrevivência em caso de acidente é de 71%.
6 - Propagandas podiam fazer apelos imperativos ao consumo infantil. "Compre Batom" e "Não esqueça a minha Caloi" teriam tudo para serem barrados pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
7 - Janelas e sacadas de sobrados e apartamentos raramente tinham telas de proteção. As estratégias eram outras, como portas trancadas e barricadas com móveis para impedir o acesso à área.
8 - Crianças podiam ir a bares, padarias e outros estabelecimentos comprar cigarro a pedido dos pais ou de outros adultos. Desde 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe vender ou entregar a menores produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.
9 - Brinquedos não passavam por certificação para verificar se eram seguros. Muitos continham peças pequenas que podiam ser engolidas por bebês, por exemplo. Só em 1988, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) tornou compulsória a certificação de brinquedos fabricados ou comercializados no Brasil.
10 - Quem foi criança nos anos 1980, com certeza, ou engasgou com uma bala Soft ou foi proibido pela mãe de consumir a guloseima, justamente pela fama que ela tinha de provocar asfixia devido ao seu formato. O doce --produzido pela empresa Q-Refres-ko e que não existe mais-- ficou conhecido como "bala da morte".
11 - Era comum dar para as crianças mais seletivas na hora de comer tônicos e fortificantes para estimular o apetite e o crescimento. Nos 1980, o Biotônico Fontoura --produto dessa categoria-- era um hit nos lares brasileiros. Sua fórmula original continha 19,5% de etanol (álcool etílico). Em 2001, uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o etanol na composição de fortificantes.
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