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| Foto: Alex Pimentel |
Em entrevista ao Jornal, o presidente da Câmara Setorial do Leite - órgão vinculado à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Álvaro Carneiro Júnior, revelou que apesar da estiagem, nos últimos três anos a produção de leite do Ceará deu um salto qualitativo e quantitativo, crescendo em torno de 35%. "Hoje a nossa pecuária leiteira é a mais 'tecnificada' do Nordeste. Somos o terceiro maior produtor da Região, atrás apenas de Bahia e Pernambuco. Aqui há empresas (indústrias de beneficiamento) com produção alta e tecnologia de ponta. E há mais empresas entrando no mercado", informa.
O presidente da Câmara do Leite informou ainda que a meta dos produtores cearenses de leite é trazer mais indústrias de grande porte ao Estado para comprarem o leite produzido aqui, solucionando o impasse da superprodução de leite em contraponto a pouca demanda. "O Ceará é muito forte na produção de queijo coalho. Então, grande parte do nosso leite vai para queijarias. Hoje fornecemos para a Lacticínios Betânia, a Cooperativa de Maranguape, a Coocentral, a Danone e para mais uns 20 lacticínios pequenos, mas ainda é pouco", reconhece.
A decisão de instalar a indústria de leite em pó e um dos três municípios foi tomada durante reunião da Câmara Setorial do Leite realizada em 17 de novembro último. A elaboração do projeto industrial será coordenada pela Adece, que definirá onde ele será instalado e será sócia dos empresários no empreendimento, que terá investimento da ordem de R$ 20 milhões. A perspectiva é de que a fábrica chegue a produzir 400 mil litros de leite em pó por dia.
Jornal Diário do Nordeste
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