domingo, 19 de outubro de 2014

Romeiros e Paroquianos Cada Vez Mais Fortalecidos num Testemunho de Fé e Esperança em São Francisco das Chagas





Pelas veredas mais tortuosas da vida, mas com muito amor ao Santo das Chagas os romeiros chegam à cidade de Canindé. Na bagagem, um coração cheio de esperança, na expectativa de se renovar pelo contato com o divino. Nas mãos muitos trazem um ex-voto, símbolo de gratidão e por uma graça alcançada. Na voz, orações se elevam em direção ao sagrado, daquele que foi tão pobre quanto eles. No olhar, uma saudade imensa e renitente sai pelas bordas dos olhos muitas das vezes cheios de lágrimas.


Passos brandos na vasta poeira do tempo trilham caminhos envoltos no ministério, enveredados pela fé sem limites que cada um deposita em São Francisco.

















Corpos crestados, próximos aos mandacarus, ou juvenis como as flores do campo em tempo de bom inverno, pisam quais vultos num solo riscado pela seca e carregado de esperança pelos sertanejo. Assim seguem os romeiros pagadores de promessas, levando sua reverência a São Francisco das Chagas. Não comunicam desalento, nem cansaço, pois são impedidos e amparados pelo santo. Devotos numerosos aí se encontram, peregrinos de todas as raças entram na cidade abençoada.


Entre o culto regular da Igreja católica e as práticas da religiosidade popular, místicas, crenças, gestos se unem, irrompem em cada alma sedenta do eterno. Para os romeiros não importa o sacrifício, o que vale mesmo é pagar sua promessa e ficar em dia com o santo. Pode demorar 10, 20, 30 anos, mas um dia ele dá um jeito, vem a Canindé e paga. São peregrinos vindos dos mais diversos pontos do mundo, que chegam ao maior santuário dedicado a São Francisco da América Latina em busca da cura por meio da fé.

Fonte: Santuário de Canindé

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