A Diocese do Crato planeja instalar seu próprio museu, que será voltado ao estudo, conservação e exposição de objetos relacionados à arte sacra. O projeto é um desejo do bispo Fernando Panico e está em discussão nos diversos conselhos da Diocese. Mobiliários, altares, retábulos, vestimentas, pinturas, escritos e registros, entre outras peças que relatam a história da vida paroquiana e diocesana do Cariri, fazem parte do acervo.
Segundo o vigário geral, padre José Vicente, o local ideal para montar o empreendimento é o prédio do palácio episcopal, localizado na Rua Dom Quintino Rodrigues. Conforme o religioso, está sendo analisada uma parceria com o Município para, através da secretaria de cultura, ser garantida a manutenção do museu e outras obrigações relacionadas à funcionalidade da instituição, que pode se tornar um dos espaços mais importantes de guarnição dos acervos da arte sacra do Cariri, dos últimos dois séculos.
Para Dane de Jade, secretária de cultura do município de Crato, o museu que a Diocese pretende instalar já faz parte do imaginário da comunidade caririense e de todo o Clero. Segundo ela, o mesmo terá o apoio da municipalidade, principalmente no momento em que se discute a requalificação dos museus históricos e culturais já existentes na cidade.
Ela menciona a ideia de transformá-lo em um Memorial Sacro Popular, que reuniria o acervo municipal e da Diocese, contando a história da religiosidade do povo do Cariri. Seria, conforme acredita, um lindo exemplo de conservação, divulgação ao público e preservação de um dos mais significativos acervos museológicos do patrimônio sacro do Ceará.
Palácio Episcopal O prédio do palácio foi construído pelo segundo bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Pires, que adquiriu o terreno e financiou a obra por conta própria. Sua inauguração ocorreu em 4 de outubro de 1940, segundo o jornalista e historiador, Huberto Cabral. Na área houvera a casa em que nasceu o Padre Cícero Romão Batista.
O primeiro museu sacro do Ceará foi o de São José de Ribamar, inaugurado em 27 de setembro de 1967, na cidade de Aquiraz, distante 30 quilômetros de Fortaleza, criado pela secretaria de cultura do Ceará. O equipamento abriga um conjunto de objetos religiosos advindos dos vários municípios e paróquias cearenses.
Fonte: Jornal do Cariri
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