Dos 139 açudes cearenses monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 75 - 53,9% - estão com volume de água inferior a 30%. E somente o reservatório Gavião, localizado em Pacatuba, apresenta volume superior a 90%.
A baixa reflete a escassez de precipitações nos últimos meses. Nenhum dos açudes estava sangrando ontem e alguns apresentavam volume de ocupação inferior a 5%. Como o Pirabibu, em Quixeramobim; o Desterro, em Caridade; e o Cupim, em Independência.
A menor porcentagem de ocupação está no açude Madeiro, situado em Pereiro, na bacia Médio Jaguaribe, com volume de 1,71%. Ele poderia abrigar até 82,45 hm³, mas tem somente 0,05 hm³ (cada hectômetro corresponde a 100.000 milímetros).
Segundo dados fornecidos pela Cogerh, as 12 bacias hidrográficas do Ceará têm capacidade de armazenamento para, pelo menos, 18 bilhões de m³. No entanto, até ontem, apenas 43,8% desse volume estavam ocupados. A quantia é ligeiramente menor do que a apresentada há dez dias, quando o conjunto de reservatórios tinha 44% da capacidade.
Apesar das porcentagens não refletirem qual açude está com maior ou menor quantidade de água – pois cada um apresenta capacidade de armazenamento diferente –, o número de reservatórios com baixa ocupação é notória. Em Tauá, o açude Broco tem volume de 4,95% e o Várzea do Boi de apenas 3,92%.
Cada bacia hidrográfica abriga uma quantidade específica de açudes. Alto Jaguaribe, Banabuiú e Metropolitana (responsável pela região de Fortaleza), por exemplo, têm 19 reservatórios cada.
A baixa nos açudes é reflexo da escassez de chuvas registrada nos últimos meses. Entre as 7h de quarta-feira, 10, e as 7h de quinta-feira, choveu em apenas 13 municípios cearenses. A maior precipitação foi registrada em Acaraú (60 mm) e a menor em Camocim (1 mm).
De acordo com informações da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas devem permanecer isoladas. “A maior possibilidade de precipitações está no Litoral”, afirma o meteorologista José Maria Brabo.
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