A Polícia Civil afirmou, na manhã desta quinta-feira (4), que a adolescente de 14 anos encontrada morta na zona rural de Araras (SP), na quarta, não foi morta a tiros. O corpo da menina tinha pelo menos 10 perfurações que, segundo análise do Instituto Médico Legal (IML), foram feitas com espeto de churrasco ou ferro de construção. Havia também sinais de violência sexual.
Beatriz Silva estava desaparecida desde a manhã, quando saiu de casa para ir ao cabeleireiro que fica a 15 quarteirões de distância de onde morava. Vinte minutos depois da hora marcada ela ainda não havia chegado e então a cabeleireira ligou para avisar a família. Foi aí que parentes se mobilizaram para procurá-la. O corpo da jovem foi encontrado em um canavial sete horas depois.
A polícia ainda não tem pista do suspeito, mas tem indicações de como ele seria. “A gente acredita que seja uma pessoa muito forte e gorda para conseguir fazer as perfurações com essa profundidade. E também não está descartada a possibilidade de que duas pessoas tenham participado do crime”, afirmou o delegado Sydney Urbach.
Segundo ele, os três delegados da cidade montaram uma força-tarefa para essa investigação. “Nós e todos os investigadores estamos empenhados em desvendar o crime o mais rápido possível”, falou Urbach.
Família e amigos da adolescente ainda estão chocados com a brutalidade do crime. A mãe precisou ser amparada várias vezes. Eles não se conformam com o que aconteceu.
“Ela era uma menina muito boa, criada na igreja, não tinha vício, não tinha má companhia, então até agora a gente não sabe falar o porquê que tudo isso aconteceu com a minha neta”, lamentou o avô Aluísio Paulo da Silva.
Uma estudante de 15 anos, amiga de Beatriz, não entende o que poderia ter motivado o crime. “Uma menina muito estudiosa, religiosa, acreditava muito em Deus. Ninguém merece isso, foi um monstro que fez isso para ela”, desabafou a jovem que não pediu para não ser identificada.
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