A renúncia oficial de Bento XVI ao cargo de principal autoridade da Igreja Católica acontece nesta quinta-feira, 28, às 19h (16h no horário de Brasília). O primeiro Papa a renunciar em 700 anos, deixará hoje, de helicóptero, o Vaticano para se instalar provisoriamente em sua residência de verão de Castelgandolfo. Papa Bento XVI, que passará a se chamar Sua Santidade, papa emérito, vai dedicar-se à oração e meditação.
Ao se despedir dos cardeais, na manhã desta quinta-feira, Bento XVI ofereceu "incondicional obediência" ao futuro Papa.
O Papa, depois da renúncia, vestirá a "clássica batina branca" papal, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. O último ato público de Bento XVI foi programado em Castelgandolfo, que fica a 30 km de Roma, para "saudar os fiéis desta diocese" a partir do pórtico da residência de verão dos pontífices, disse o porta-voz do Vaticano.
A presidenta Dilma Rousseff enviou nesta quinta-feira mensagem de respeito a decisão de renúncia e destacou a realização da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro, assim como a visita que ele fez ao Brasil, em 2007. A nota da presidenta tem oito linhas e foi divulgada no começo desta manhã.
“Ao findar seu papado, manifesto o meu respeito pela decisão de Vossa Santidade de renunciar à Cátedra de São Pedro”, diz a mensagem da presidenta. “Desejo que essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz”, completa o texto.
Na quarta-feira, 27, Bento XVI fez a última aparição pública antes da renúncia definitiva. A autoridade da Igreja Católica acenou para dezenas de milhares de pessoas que se reuniram para se despedirem dele.
"Eu jamais vou me sentir só", disse o Papa, acrescentando que agradece a Deus pelas pessoas que foram colocadas em seu caminho ao longo de sua jornada. "Dei esse passo com serenidade de espírito", afirmou sobre a renúncia.
O Papa Bento XVI anunciou no dia 11 de fevereiro que renunciaria o pontificado no próximo dia 28 de fevereiro. A notícia foi dada durante um discurso pronunciado em latim, em um consistório do Vaticano. Bento XVI alegou que suas forças não são mais idôneas para exercer de forma adequada o ministério patrino.
"Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando", disse o pontífice.
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