Ontem, morreu a 238ª vítima do incêndio na boate Kiss, segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul
Porto Alegre. O empresário Elissandro Spohr, sócio da boate Kiss, recebeu alta hospitalar no final ontem em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. O investigado estava sob custódia da Brigada Militar desde a semana do incêndio que matou 238 pessoas na casa noturna em Santa Maria.
Na foto, Kiko Spohr dá entrevista quando estava internado. Ontem, ele recebeu alta e foi levado algemado pela Polícia para o presídio
Após deixar o hospital, Kiko seguiu para a delegacia. Inicialmente, os policiais informaram que o sócio da boate seria encaminhado para a Penitenciária Modulada de Ijuí.
Porém, após prestar depoimento, ele teve como destino o presídio de Santa Maria. O outro sócio da boate, Mauro Hoffmann, o produtor da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão, e o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos também estão no mesmo local. Ontem, morreu a 238ª vítima do incêndio na boate Kiss, segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
O jovem de 20 anos estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. A família pediu que o nome do rapaz não fosse divulgado.
Com relação aos feridos, 81 pessoas ainda seguem internadas em Porto Alegre, Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul. Segundo a Secretaria da Saúde, onze pacientes tiveram alta nas últimas 24 horas, a maioria nos hospitais da cidade onde aconteceu a tragédia. Dos internados, 22 permanecem em ventilação mecânica.
Ressarcimento
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou ontem que o governo federal irá acionar a Justiça para obrigar os proprietários da boate Kiss a ressarcir os cofres da Previdência Social pelas eventuais pensões que serão pagas às famílias das vítimas do incêndio.
"Os donos da boate, que agiram contra a lei, em desconformidade com as regras de segurança, têm de ser responsabilizados financeiramente, ressarcindo o estado pelas despesas que, eventualmente, a União tenha de ter para atender as situações que essa tragédia provocou".
Ele revelou que já entrou em contato com o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) para identificar quantas das vítimas do incêndio teriam direito à pensão. Segundo Adams, a partir desse levantamento a AGU começará a ajuizar as ações contra os dois sócios da Kiss. Adams ressaltou que o governo poderá responsabilizar financeiramente os músicos "Gurizada Fandangueira", que são suspeitos de terem provocado o incêndio.
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