segunda-feira, 12 de novembro de 2012



Senador Pompeu > Repetindo o ritual em homenagem as vítimas da seca de 1932, a Caminhada da Seca, chegou a sua terceira década em Senador Pompeu na manhã deste domingo, 12. Dessa vez, o pároco João Melo dos Reis passou a guiar o rebanho de fieis, da igreja matriz de Nossa Senhora das Dores até o cemitério da barragem, onde estão sepultados os flagelados mortos no campo de concentração do Açude Patu. Nos últimos oito anos a tarefa foi do padre Roberto Costa, atualmente em Iguatu. Este ano o movimento recebeu o tema “Caminhada ao campo santo do sertão, por cidadania e vida digna no semiárido”. Uma forma de expressar a ânsia do povo sertanejo por dias melhores. Coincidentemente, este ano o Ceará atravessa a pior seca dos últimos 30 anos.
Mesmo assim, a romaria seguiu vigorosa pelos seis quilômetros de estada carroçável sinuosa até o cemitério da barragem. Quando partiram do Centro de Senador Pompeu, o clima ainda estava agradável. Era madrugada. E quando o sol surgiu, trazendo o calor, o cortejo continuou seguindo os passos do sacerdote. Muitos, descalços, trajados de branco, mas era para pagarem suas promessas as “Almas santas”, justificava a agricultora Maria Anunciada. Havia motivo para estar ali. Além da devoção, desde 1982, quando o padre Albino Donatti, a época pároco da freguesia de Nossa Senhora das Dores, deu início a campanha, ela também tinha gratidão para pagar.
Veja a reportagem completa no Diário do Nordeste aqui > Caminhada da seca.
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                                                             FOTOS   VALMIR   HOLADA

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