Baquit critica postura de deputada no debate dos consignados e defende Cid
O parlamentar citou o Centro de Eventos do Ceará (CEC), Metrofor e Acquário Ceará.
O deputado Osmar Baquit (PSD) afirmou, na sessão plenária desta sexta-feira (20/04) da Assembleia Legislativa, que a postura da deputada Eliane Novais (PSB) no debate dos empréstimos consignados tem como objetivo manchar a imagem do Governo e não de resguardar os servidores públicos que contrataram esses créditos.
Segundo ele, o foco da socialista seria o governador Cid Gomes. “Como não pega nele a acusação de desonesto, querem tocar fogo na gestão”, pontuou, assegurando a inexistência de provas que respaldem a acusação de tráfico de influência feita contra o chefe da Casa Civil. “Não condeno aqueles que procuram a transparência da operação. Esses estão corretos. O que condeno são aqueles que não querem apuração, mas jogar para o público, colocando o nome das pessoas na vala comum”, acrescentou.
Baquit declarou que o governador adotou medidas para reduzir o comprometimento financeiro dos funcionários públicos necessitados de empréstimo antes de as denúncias de irregularidades virem a público. Conforme o deputado, existia a possibilidade de o servidor ter o salário totalmente tomado pela empresa até Cid Gomes regulamentar a questão e fixar um percentual máximo de endividamento.
Ele também ponderou: “ninguém pede emprestado sem querer. As pessoas vão porque necessitam, mas ninguém é obrigado a ir”. E lembrou que, após os reclames recentes da bancada de oposição, o Executivo rescindiu o contrato com a Associação Brasileira de Cartões (ABC). “O Governo está tomando as medidas cabíveis para formatar um plano de interesse dos servidores”, garantiu.
Por fim, Osmar Baquit pediu que os opositores à administração se ocupassem com discussões mais sérias, como o impacto da entrega de equipamentos em construção. O parlamentar citou o Centro de Eventos do Ceará (CEC), Metrofor e Acquário Ceará. “Imunidade parlamentar é para a gente se proteger e não atacar a honra de ninguém”, alertou.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) considerou que o Governo não tem ingerência sobre o contrato firmado entre o Bradesco (banco que libera os empréstimos) e correspondentes bancários. “O Bradesco capta o dinheiro em torno de 1% a 1,5% e empresta a 2,5%. Para cada empréstimo, remunera os correspondentes bancários a 19% desses 2,5%. Logo, fica com 81% da taxa cobrada”, explicou.
O petista informou que o Congresso Nacional discute proposta para limitar a taxa de consignados a 5% da taxa Selic (índice balizador do juro cobrado no Brasil, hoje cotado em nove pontos). “Vamos culpar quem com relação aos escorchantes juros que cobram aos aposentados, já que a onda aqui é encalacrar o Governo?”, ironizou Dedé, referindo-se a Eliane.
Agência de Notícias da Assembleia / com adaptações da redação.Fotos Valmir |
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