AVANÇO GENÉTICO: VACAS PAREM GÊMEOS E TRIGÊMEOS!
Em uma fazenda na BR-070, que liga Cuiabá ao município de Cáceres, a 250 quilômetros da capital, o criador Antonio Carlos Carvalho de Souza, de 43 anos, foi surpreendido com um caso raro de nascimento de bovinos. Uma vaca leiteira deu à luz bezerros gêmeos e no dia seguinte, uma vaca nelore teve bezerros trigêmeos. “Foi uma surpresa. Duas vacas me dão cinco bezerros”, enfatizou.
O veterinário especialista em reprodução animal, Danilo Francisco Campos Pereira, disse que o caso de gêmeos é mais frequente, no entanto, pontuou que os bezerros trigêmeos configuram um caso raro na reprodução bovina. “Os gêmeos são pouco frequentes, mas o caso de trigêmeos é realmente raro. Mesmo tendo havido uma inseminação artificial, o nascimento de três bezerros de uma só vez não é comum”, explicou.
De acordo com o veterinário Rafael Venson, responsável pela inseminação, as duas vacas foram submetidas a um processo de indução de cio. “Nós controlamos o cio delas, para que ovulassem em um período controlado. Mas é a primeira vez que vejo uma vaca ter três bezerros. A que teve trigêmeos foi inseminada no dia 25 de junho do ano passado. E a gestação foi de 8 meses”, disse o veterinário que explicou ainda que o período normal de gestação de uma vaca é de nove a dez meses.
Os bezerros trigêmeos, segundo o veterinário Rafael Venson, nasceram bem menores que o normal e mais fracos. “Se não fosse o gerente da fazenda ter ajudado, eles teriam morrido”, enfatizou. Para o criador Antonio Carlos o desafio agora é fazer com que vacas de leite adotem dois dos trigêmeos. Segundo ele, a vaca nelore não dá leite suficiente nem para um bezerro, sendo necessário vacas 'mães de leite' para outros dois filhotes.
“O pessoal fala que vou ficar rico, mas é, ou lucro ou prejuízo”, enfatiza. Antonio Carlos que explica que caso os bezerros não aceitem as vacas como 'mãe de leite', o gasto torna-se maior, já que a amamentação tem que ser feita com mamadeira.
Futuro
Apesar de ter ficado contente com os cinco novos bezerros, o criador Antonio Carlos não pensa duas vezes ao responder sobre o destino dos animais. “Daqui a 60 dias eles vão comer ração e continuam sendo amamentados. Com oito meses, vão para o semiconfinamento e comem apenas ração. E finalmente com 18 a 20 meses, vão para o abate”, pontuou com bom humor.
Com informação do G1.
Crisanto Teixeira – Historiador – Jornalista e Radialista.
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