O Ceará chegou a 5.853 casos de dengue no primeiro semestre deste ano, um aumento de 122% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 2.634 casos foram confirmados. Já os óbitos passaram de 11 para 5, uma redução de 54%. Os dados foram divulgados em boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Embora as confirmações tenham aumentado, o "cenário não é preocupante", segundo avaliação da supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Sarah Mendes. "A dengue voltou a circular no estado, acompanhando o cenário nacional, mas considerando a série histórica da doença no Ceará, onde já tivemos sete grandes epidemias, este número (5.853), é baixo", afirma a especialista.
As causas para o aumento, porém, podem ser explicadas pela volta da circulação do sorotipo DENV2 da doença no Ceará. "Não é um tipo mais grave de dengue. É um tipo que não circulava no estado há muito tempo e por isso as pessoas não estavam imunizadas para este tipo, o que pode vir a agravar os casos", comenta Sarah Mendes.
Conforme o boletim epidemiológico divulgado em 28 de junho, os municípios cearenses Palhano, Pereiro, Ererê, Jati e Russas foram os locais de maior incidência da doença nestes últimos seis meses.
O relatório aponta que estas cidades ultrapassaram mil casos notificados ou confirmados por 100 mil habitantes. "Você vê que não é no estado todo que tem o aumento da doença, alguns municípios puxam o número de casos para cima", destaca a supervisora de Vigilância Epidemiológica,
Ainda que a doença esteja “controlada” no Ceará, segundo Sarah Mendes, é preciso continuar com ações de combate ao foco do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
Fonte: G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário