(Foto: Sérgio Lima/Folhapress) |
"Se não tiver voto, não vamos marcar a data. Falta muito, mas ainda não fiz a conta, então não vou falar um número. A base não está articulada como deveria."
Maia ressaltou a importância do PSDB para a votação, mas sinalizou que as mudanças sugeridas pelo partido dificilmente serão aceitas. "As três propostas feitas inviabilizam a reforma, seriam mais de R$ 100 bilhões de perda do ajuste fiscal."
Os tucanos apresentaram três reivindicações de concessões nas áreas de aposentadoria por invalidez, acúmulo de benefícios e nas regras de transição para servidores públicos.
A estimativa do governo é que a incorporação das mudanças reduziriam para menos da metade a economia esperada com a reforma, que já está em cerca de 60% da redução de gastos prevista no texto original —de R$ 793 bilhões em dez anos, o valor caiu para R$ 476 bilhões com a proposta enxuta apresentada.
A escolha do governador paulista Geraldo Alckmin para presidir o PSDB deverá unificar o partido e sua posição favorável à reforma pode favorecer a aprovação, disse Maia.
"A disputa [dentro do partido] ia acabar influenciando qualquer votação. O governador tem uma liderança forte, isso pode nos ajudar a fazer uma reforma que é urgente."
Maia afirmou que a base do governo ficou desgastada após as duas denúncias contra o presidente Temer. "Mesmo parte daqueles que compreendem a importância da votação não confirmaram."
No domingo (3), o presidente da Câmara receberá em sua residência oficial uma reunião convocada pelo presidente Temer com líderes e presidentes de partidos. A ideia do encontro é mensurar o número de votos favoráveis à reforma.
Nos bastidores, o Palácio do Planalto calcula contar hoje com cerca de 250 votos, número aquém dos 308 necessários para aprová-la.
"É a última oportunidade que o país tem de fazer a reforma sem ter a cortar salários e aposentadorias", disse.
Da Folhapress
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