O Brasil perdia há exatos 28 anos um dos artistas mais importante na história da música popular brasileira: Luiz Gonzaga. A Fundação Canudos escolheu um cordel feito pelo poeta Magno Roberto de Almeida para contar de forma diferenciada a história de Gonzagão. Luiz Gonzaga - O Rei do Baião Hoje acordei saudoso Do nobre Rei do Baião Que tanto alegrou o povo Da cidade e do Sertão Luiz Gonzaga é o seu nome E o apelido é Gonzagão Gonzagão nobre poeta Da cultura popular No Brasil de Norte a Sul Fez sua estrela brilhar Cantando Xote e Baião Fez a sanfona falar Na fazenda Caiçara Nasceu o Rei do Baião Cresceu tocando zabumba Mais tarde acordeão E pelo país inteiro Mostrou a dor do Sertão Numa sala de reboco Dançou com o seu benzinho Viu Asa Branca voar Partindo triste do ninho Mostrou o flagelo da seca E dançou Xote de mansinho Por um amor proibido Luiz Gonzaga apanhou Revoltado com os pais O pé na estrada botou E sem saber o que fazer No exército se alistou O "cabra da peste" Gonzaga Nordestino arretado Viajou pelo Brasil Ainda como soldado Mas no Rio de Janeiro O "cabra" ficou encantado Pediu dispensa da farda E na zona foi tocar Solando acordeão Foi tentando se firmar Tocando samba e choro Não saia do lugar Mas como um soldado bravo Luiz Gonzaga insistiu E num programa de calouros Despontou para o Brasil Quando a platéia de pé Empolgada lhe aplaudiu Aos poucos Luiz Gonzaga Foi mostrando a Nação Com talento e humildade Como se canta Baião Conquistou ricos e pobres Na cidade e no sertão Cantou com desenvoltura Toada, xaxado e xote Aboio, chamego e baião No sudeste, sul e norte O fole da sua sanfona Somente calou-se com a morte No ano oitenta e nove O Brasil entristeceu Quando o fole da sanfona De Gonzaga emudeceu Naquele dois de agosto O Rei do Baião morreu Gonzagão deixou saudades No coração do Brasil Naquela manhã de agosto Quando daqui partiu Mas seu canto ainda ecoa Pelo céu azul anil. Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação |
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
28 anos sem Luiz Gonzaga
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