O aquecimento anormal das águas de superfície do Oceano Pacífico caracteriza a ocorrência do El Niño. Pela dimensão do Oceano, este aquecimento é gradual ao longo dos meses. As observações de maio apontam para um resfriamento destas águas, explica Raul Fritz, meteorologista da Funceme. A condição do Pacífico ainda é de águas superficiais aquecidas, porém estão agora mais próximas da neutralidade.
Conforme Fritz, estas condições podem mudar com uma possível retomada do aquecimento das águas. Com os dados coletados até a terceira semana de maio, ainda há 55% de chances de manifestação do El Niño no fim deste ano e início de 2018. “Existem volumes de água aquecida abaixo da superfície que tendem a subir. Mas não são volumes expressivos, podemos até ter um El Niño fraco”, informa Fritz. Ele explica que o fenômeno intenso tem mais poder de prejudicar a formação de nuvens de chuva no Ceará durante a quadra.
As anomalias positivas na temperatura de superfície do Pacífico Equatorial foram divulgadas em maio pelo órgão norte-americano National Climatic Data Center (NDDC). No entanto, há ainda previsão de aquecimento para o segundo semestre deste ano na chamada “análise probabilística de consenso”. Conforme divulgação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a confirmação do El Niño tem menos possibilidades em comparação com previsões feitas nos meses anteriores. (Do O Povo Online)
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