Casa de Câmara e Cadeia em Quixeramobim - Ceará - Imagem - Milton Fotografo |
A história do Brasil, hoje, 09 de janeiro, possui no registro de seus anais, um dos fatos de destaque na historiografia. Trata-se do episódio ocorrido na então, Vila de Campo Maior de Quixeramobim, ano de 1824, quando de um dos episódios desencadeado pela ‘Confederação do Equador’. Naquele dia 09/01/1824 na Câmara de Quixeramobim, que serviu de Paço do Conselho, reunida com a presença do presidente, dos oficiais da Câmara com a assistência do Clero, Nobreza, Militares e do Povo, em decorrência dos atos de absolutismo praticados pelo imperador e imbuídos do sentimento de liberdade, destituíram o Imperador Pedro I, que assim fora banido, deixando a dinastia de Bragança de deter o posto de Supremo Chefe da Nação Brasileira.
Na ocasião do histórico dia, portanto há 191 anos, a Câmara de Quixeramobim era presidida pelo Tenente-Coronel Antonio Francisco de Queiroz Jucá, Capitão-Mor José dos Santos Lessa, que passou a ser o presidente da Vila de Campo Maior, e o Sargento-Mor João Bernardes da Cunha, o substituto imediato, o vigário Padre João Rodrigues Leite, afora os comandantes de tropas de milícias, personalidades da província adeptos do movimento, além do escrivão da Câmara Manoel Alexandre de Lima. Nesse momento histórico, quem também participou, embora não pertencesse a Câmara, más era líder do movimento, foi o reverendíssimo Padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Mello (Padre Mororó).
Quixeramobim é uma das cidades que deu grande e importante contributo para o referido movimento, que tinha como proposta a destituição do Império Brasileiro e a criação da ‘Republica da Confederação do Equador’, que na proposta original seria formada pela união das seis províncias situadas ao norte do Cabo de Santo Agostinho: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Alagoas. O movimento revolucionário e libertário foi debelado e contido pelas forças imperiais, que em maior numero sufocou as forças rebeldes e nos campos de batalha, bem como nos confrontos bélicos, como sempre ocorre, os mais fracos são aniquilados. Entre os presos, o idealista Padre Mororó, condenado a pena de morte foi recambiado para Fortaleza e executado dia 30 de abril de 1825, por fuzilamento no ‘Campo da Pólvora’, hoje, passeio público.
Crisanto Teixeira – Jornalista e Historiador.
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