Há vinte anos, morria em Brasília Darcy Ribeiro. Antropólogo, educador e político, que ficou conhecido pela luta em defesa dos índios e da educação no Brasil. Ao lado de Anísio Teixeira, foi fundador e primeiro reitor da Universidade de Brasília. Suas ideias foram publicadas em livros e influenciaram vários estudiosos latino-americanos.
Na antropologia ele também deixou a sua marca. Um verdadeiro legado e publicou vários livros sobre os índios do Brasil. Suas obras foram traduzidas para o inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, hebraico, húngaro e checo.
Como funcionário do Serviço de Proteção ao Índio, órgão que se antecedeu a Funai, redigiu o projeto que criou o Parque Indígena do Xingu. Como ministro da Educação – durante o Regime Parlamentarista do Governo do Presidente João Goulart – iniciou uma série de reformas que mudaram o patamar da educação no Brasil. Todavia, suas ideias foram frustradas pelo golpe militar de 1964.
Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados, sendo obrigado a se exilar no Uruguai, onde viveu alguns anos. Neste período participou de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai.
De volta ao Brasil, se reuniu com Brizola e juntos governaram o estado do Rio de Janeiro de 1983 a 1987 e, como vice-governador, criou, planejou e dirigiu a implantação dos CIEPs – Centros Integrados de Ensino Público.
O CIEP era um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil. Foi elaborado para dar, além do ensino formal, assistência em tempo integral as crianças, incluindo atividades recreativas e culturais.
Sua última publicação, 1995 – “O Povo Brasileiro" – aborda a formação histórica, étnica e cultural do nosso povo com impressões baseadas nas suas experiências de vida.
Darcy Ribeiro exerceu o mandato de Senador da República pelo estado do Rio de Janeiro, de 1991 até sua morte em 1997.
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